sexta-feira, 30 de abril de 2010

O tempo

Aí, quanto cabelo branco!
- Porque você não pinta com bigen?
- Não.
Bom, apesar de dizer para Deus e todo mundo que tenho 28, 27, 25 anos e de a maioria das pessoas mais nova que eu, já ter quase trinta. O espelho teima em me contra dizer.
Não adianta lutar contra a realidade. O tempo passa para todo mundo. E os sinais gritam.
São as rugas, os cabelos brancos, os amigos que já são pais e até avós!
E aquelas pessoas que você viu envolta em fraldas descartáveis sujas, hoje trocam seus próprios filhos?
A Dakota que eu vi babar no seu primeiro filme aos 3 anos, deu uma declaração que é bissexual!
Quase cai pra trás.
E ela tem idade pra saber o que está falando?
Tem sim. Já tem!
É, o tempo, o tempo, o tempo.
Mas se alguém me grita na rua: Tio, ô tio !
Eu simplesmente ignoro.
E quando me chamam de senhor, eu olho pro lado pra saber se sou eu mesmo!
O tempo, o tempo, pô tempo?!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um pro outro

Aí está a outra metade da laranja.
Wagner tinha acabado de assistir a peça FORÔRÔ NO FORÓRÓ com a grandiosa atora do cenário paulista.
Saiu estarecido com a performance da artista.
Nunca imaginou que uma pessoa fosse capaz de tamanha façanha.
Durante a representação da peça, ele teve dois ataques de asma abismado com o que estava vendo.
A peça era uma coisa inominávellll!
Ele lembrou que na sua última viagem ao Rio de Janeiro, tinha visto uma peça O FOROBODÓ DA NEGA, onde tinha visto uma performance similar a daquela atora!
O atoro era realmente uma figura digna de esquecimento.
Ele conseguia esquecer do que se tratava a peça durante uma entrevista.
Seu sonho era o grande clássico shakesperiano e resolveu ele mesmo produzir Hamlet.
-A historia da pecinha, foi inscrita a muitos ano atrás no passado, entende? O cara queria discursar sobre a vida dos artista daquela epoca que é ingual a dos artista de hoje em dia, mas a coisa não mudou nada. Eu quando era criança em madureira. Muito esperto, estudava numa escola pubrica, né. E as professoras me adorava muito, lá. Eu fazia sucesso na hora do recreio. Gostava de música e cantava muito aquela musica da copa do mundo....
Ranler? Ranler? Quem?! O Hamlert!!!Ahhhh, então. Qual a pergunta mesmo?
O atoro trocava o nome do personagem, chamava o ator pelo nome em cena aberta e não se constrangia ao pedir desculpa ao público sempre que fazia uma bobagem durante o espetáculo.
- Ôh, Juarez, a música tá alta demais. Dá pra baxar só enquanto eu falo!
Wagner, pensou: Eu preciso promover um encontro desses dois! Eles nasceram um pro outro!
Será que a atora finalmente encontrará seu principe? O atoro?
Espero que o Wagner tenha sorte nessa empreitada.
Mas cá pra nós, o Wagner anda nuns lugares que pelo amor de Deus!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Esse cachorro é vacinado?!


Ai, Que é isso?
Estava na seção de legumes, verduras e frutas, procurando umas bananas prata. Eu sempre me confundo com a banana maçã. Quando minha mãe tentava me explicar as diferenças eu achava um saco. Até que tive que eu mesmo comprar se quisesse comer.
Aí, percebi que tem toda a diferença! Uma banana maçã não tem a mesma textura, sabor ou formato que uma banana prata, não mesmo!
E uma banana pão é absolutamente diferente que qualquer outra.
Essas sutilezas só a necessidade ensina, mas voltando a vaca fria, estava ali quando escutei, escutamos todos que estavam naquele mercado abarrotado, uma gritaria ensurdecedora.
Eu fico impressionado como os mercados estão sempre cheios! Nunca encontro uma cesta dando sopa! Tudo bem que o mercado que custumo ir, Extra, é uma desorganização terrível, mas o povo sente uma monotoniazinha e corre pro mercado.
Mas impressionante mesmo é o pavio curto das pessoas hoje em dia.
- Você fica na sua, palhaça!
- Eu tô na minha, baranga. Agora desinfeta logo.
- O que você tá latindo aí, hen, minha filha?!
- Eu não teho mãe da sua laia. Agora fica ai impatano a vida de todo mundo. Sai logo daí!
- Vem você me tirar daqui. Eu te conheço, sei onde você mora, hen?!
- Ha, ha e aí? E aí?
Isso numa gritaria inaudivel. Pareciam raposas prestes a se atacar.
Fiquei olhando aquelas senhoras de cabelos mal enrolados, penteados as pressas, com suas blusas e shorts de faxinar, protagonizando uma cena bárbarea. Um exagero.
Uma, a que estava passando, esqueceu a senha do cartão e isso fez com que aquela fila parasse, a outra com um pacote de macarrão, um sabonete e um maço de cigarros ficou possessa com isso!
É no trânsito, no ônibus, no banco, no trabalho, no mercado, em todos os lugares, as pessoas estão sendo tomadas por uma intolerância que fatalmente nos levará pra uma arena romana.
Lá seremos despedaçados uns pelos outros e o mais forte vencerá ou o mais esperto.
Espero que isso tudo não passe de um devaneo e que a paz volte a reinar nos corações dos homens!
A nervosa ia tomar um banho, comer um macarrão e fumar um cigarro?
Ou fumar um cigarro, comer o macarrão e tomar o banho?
Melhor seria se comesse o cigarro, fumasse o sabonete e tomasse o macarrão ainda quente!!!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sábado adentro!

-Ai que mico!!!
- Mico não, porque comigo é sempre macaco. Gorila!!
E lá estavamos nós.
As nossas amigas de infância nos convidaram pra fazermos uma performance. Assim de última hora, sem ensaio ou produção.
E é lógico que de farra nós aceitamos!
Marlene, Junia, Bete, Wagner e a camera man com parkinson, Flavia.
Vocês podem conferir esse king kong!
Mas como não ligo pros simios, isso não impediu que eu me divertisse.
Foi uma noite memorável.
Estou esperando os próximos!!
Tem alguém aí???!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Gatos

Ai, não é uma gracinha?

Depois de alguns cachorros, resolvi que queria criar gatos.
Os cachorros eram todos vira-latas. Lobinho, vinvim, piada, cotó, Bob, nomes comuns dados pelos meus pais, pois eu era muito pequeno.
Já os gatos eu já tinha condições de batizá-los, todos achavam, inclusive eu.
Nem sei onde arrumamos aqueles, mas quando menos esperei, lá estavam os dois.
Raquel, em homenagem a Regina Duarte e seu personagem em Vale Tudo e Mimi.
Um casal.
Eles faziam a festa.
Viviam soltos, correndo pela casa, fazendo travessuras.
Eram do tempo em que gato pegava rato, comiam restos de comida, não tomavam banho de jeito nenhum, porque podiam morrer e faziam necessidades longe de casa, porque viviam soltos.
Bons tempos aqueles.
Certo dia, recebemos a visita de uma tia-avó, tia Ana Rita. Magra, velhinha e com uma voz rouca que mais parecia um sopro.
Tinha um problema na garganta.
- Mas é o quê?
- Ela enguliu uma agulha e furou as pregas vocais.
- Ah tá... (não entendi nada!)
Tia Ana Rita era muito divertida.
- Qual o nome desse gato lôro?
- Mimi
- E o maiadinho?
- Raquel?
- Raqué?
- É!
- Mas esse gato é macho.
 Ói. Cadê a chaninha dele? Tá veno?
- Apois!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A atora 6

Ai, tão rápido?!

Estréia daqui 2 meses?
Pouco tempo, né não?
O ensaio é todo dia?
...tá!
Puxado, né?
Vamos se apresentar todos os dias?
Ah, é. Só sexta, sábado e domingo.
E feriado, não vai ter?
Mas tá chovendo tanto nessa cidade ultimamente.
No dia que chover muito, não precisamos vir pro teatro, né?
O povo não vai conseguir chegar mesmo.
!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um sabadão de comemoração!

Ai, ai!
A festa começou no metrô vila Madalena.
Enquanto eu esperava meu irmão, aproveitei pra observar o povo que ia e vinha!
É lógico que aproveitei pra escrever alguns post´s. Saquei meu caderninho e comecei a escrever.
A festa correu solta até as 6 da madruga.
Além das performaces, teve a apresentação da dupla Denis e Junior.
Posto aqui o video dos cantores que animaram a festa.
Os dançarinos são Wagner Pereira e Flavia D´Álima.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vivo morto, claro! Escuuuro!

Ai, sem sinal!



Eu admiro quem nos dias de hoje consegue viver sem o tal do celular!
Claro que a gente acha incrível alguém não ter um número móvel ou um endereço virtual!
Agora essas operadoras são realmente uma melhor que outra. E inventam promoções mirabolantes, serviços quase mágicos. Mas pecam nos pequenos detalhes.
Se você tem um pequeno problema e precisa contatar a empresa, reze. Reze forte, porque no quesito atendimento, seja virtual ou pessoal é sempre péssimo.
A especialidade do atendimento virtual é derrubar a ligação ou dar desculpas escrotas. No atendimento pessoal a especialidade é enrolar o cliente e mandá-lo pra casa pior do que quando chegou.
Comprei um serviço de internet móvel faz 4 meses. Em casa eu não consigo útilizá-lo e quando consigo o negócio pra ser lento precisa melhorar a velocidade.
Eu só sei que o Claro é Escuro, o Vivo é morto, o Tim, bum! Oi, tchau e assim por diante. Sempre ficamos com cara de ué!
Adoraria poder viver sem essas pragas, como antigamente que não tinhamos nem celular, nem e-mail, nem pager e eu não sei como conseguiamos! Teve uma época que não tinha nem telefone fixo!
E eu vivia, viu?!

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Canudo

Ai, que saudades.


Quero parabenizar meus amigos que se formaram num domingo desses.
Me deu uma saudade!
Nem lembrei do perrenguee que foram aqueles anos até chegar ao fim do caminho, mas lembrei dos momentos bacanas.
Do desespero pra ler aquele monte de coisas e apresentar trabalho.
Muito bem garotos, muita força e sorte pra vocês.
Muita luz e espero encontrá-los logo.
Beijos no coração.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

25 de março

Ai pela 25,não!
Lá ia eu pra república acompanhado pela miss D´Álima!
- Vamos pela 25!
Eu sabia que aquilo não ia dar certo.
Iamos pegar uma sessão de cinema e tinhamos duas horas pra chegar na Augusta!
Tinhamos somente que atravessar a 25 e pegar um ônibus na Ipiranga.
Mas lá vamos nós. Descendo a Porto Geral encontramos aquela muvuca de gente subindo, lombando suas sacolas.
- Quanto é o brinco, tia!
Ela começa a pesquisar. E pára aqui, pára ali.
Nas lojas escuto de tudo.
-Tem peruca da Lady Gaga?
- Tem língua?
- Um aprique ingual ao da lady Keiti?
- Tem nuvem?
A gente cresce ouvindo dizer que na 25 tem de tudo, mas não tem não.
E nós continuamos nossa viagem a cada dois passos uma paradinha numa barraca pra ver as novas tendências.
É pulseira, é anel, é colar, é corrente, chaveirinho.
- Vai massageador aí moça? Né,gostoso?
- Num gosto desse povo passando esse negócio em mim!
E seguimos nossa peregrinação que deveria ser simplesmente uma passada por ali, mas com miss D´Álima não!!!
- Olha esse chapéu que lindo!
- Essa bolsa é bacana, né?
- Leva um aparador de pêlos de orelha e nariz!
Que nojo!
Duas horas depois não chegamos nem na esquina do Shopping 25 de março.
Vamos voltar e ir de metrô?
- Mas o filme já começou!
A gente vê outra coisa.
- Tá!
Voltamos e lá vamos subindo a ladeira novamente. Ainda escutei duas tiazinhas com suas sacolas.
- Vamo pro outro lado, aqui a ladeira é muito ingride!
Hã?!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A atora 5

Aí, que bom!!
A atora foi convidada pra fazer uma das fadas da Cinderela. A fada número 7.
Tinha uma fala e uma música, onde fazia coro, no meio da peça.
Não preciso dizer que mesmo essa pequena participação deixou o diretor de cabelos em pé!
- Mas fada usa roupas assim? No filme da Xuxa as fadas tinham asas. Não dá pra fazer uma asinha pra mim?
Faltava 2 dias pra estréia e não dava tempo de substituir.
- Gente, eu não vou usar chapéu. Tenho Alergia, me empipoca o corpo.  Porque só a minha roupa é azul? Essa não é a cor do meu signo, não atrai boas energias...
- A peça começa as 16. Eu entro as 16:30. Como já venho pronta, posso chegar as 16:10!
- Por que fui embora e não fiquei pro agradecimento? Mas o papel é tão pequeno que ninguém nem percebe que eu saí. Nunca tirei uma foto com criança nenhuma.
- Meu sobrinho, quando veio assistir, pediu pra eu sair da frente que estava atrapalhando a foto.
...Nunca mais faço infantil!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sandra

Aí, vamos fazer as pazes!
Nos final dos anos 90 eu cortei relações com a Sandra Bullock.
Ela tinha vindo ao Brasil fazer promoção de um filme com o Jeason Patrick e segundo foi divulgado pela imprensa, deu piti, maltratou os reporteres e saiu pisando duro.
Eu fiquei chocado e a partir dali nunca mais vi nada. Fiz boicote.
Antes disso, tinha visto todos os filmes, assistido, lido as entevistas, mas fiquei realmente chateado com a atriz.
Não vi os Miss Simpatia e nem tomei conhecimento do que fez nesses 20 anos, mas ano passado resolvi anistiar a milhardária atriz e vi A proposta.
A Sandra Bullock amolece meu coração. Ela é muito boa!
Simpatica, carismática, enfim...
Vai ver estava com TPM ou a historia não foi bem o que divulgaram.
Esse ano ganhou o Oscar com Um sonho possível, um filme fabuloso. Ela realmente mereceu.
Não que a Meryl Streep não estivesse bem no filme July e Julie, quando é que Meryl não está bem num filme?
Mas Sandra mereceu o Oscar.
Só que o marido dela não sentiu pena e lhe lascou um belo par de chifres. Estúpido!
Ela se recupera!
Vou tentar ver os 14 filmes da época em que deportei a estrela da minha lista de assistiveis.
Será que ela sentiu minha falta na platéia?!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Castela

...Ai!
Naquele 14 de Abril de 2001, começou como todos os outros.
Depois de acordar as 10, sai fui ao cinema e depois fui fazer escova pro espetáculo a noite e como meu cabelo de escova fica parecendo uma vassoura de bruxa. Tinha que ser feito um tempo antes pra que pudesse baixar e ficar descente pro espetáculo!
Estava em cartaz com O grande amor, uma peça maravilhosa em que fazia um casca grossa que batia nas irmãs e xingava os pais a mesa! Um gentleman!
Acabou o espetáculo e a Thais veio me dizer toda afobada:
- Walter, o Fabio morreu!!
- Hân?! Que Fabio?
- O Fabio, morreu!
Eu realmente não fiz nenhuma conexão com ninguém.
Eu só conhecia um Fabio, um amigo que havia conhecido num curso de cinema ministrado por Wilson Rodrigues e onde havia conhecido também a Thais.
O Fabio era um ator histrionico! Tinha a minha idade ou um pouco menos.
Nos conhecemos em 95, 96 e passamos por muitas aventuras e desventuras!
O Fabio tinha o dom de inventar loucuras e quando não inventava, embarcava nos meus devaneios.
Lembro dele numa apresentação de um infantil com um vestido de bolinha.
Ele como tantos outros amigos, resolveu largar o teatro e arrumar um emprego e tocar a vida.
Uma pena realmente.
Ia sempre ver meus espetáculos e eu sabia que no fundo, no fundo ele sentia muito por não estar ali!
Com o Fabio ensaiei em praça pública, na república, no metrô Tiradentes e no parque da aclimação!
E não foi um ensaio, ficamos anos ensaiando nesses lugares e inventando historias as mais estapafúrdias que se poderia imaginar.
O Fabio vivia num mundo só seu ou pelo menos nos fazia acreditar no seu mundo, onde as coisas eram realmente mais fáceis.
Aficcionado por gibis, armou uma historia louca, cheia de enigmas e estratagemas pra conquistas uma menina. Assim era o Fabio Castela!
Fomos ao cemitério e lógico que eu num cemitério fico tresloucado, depois de  muito rodarmos, chegamos na sala onde estava o corpo.
É uma sensação terrível ver uma pessoa com quem você conviveu morta.
O Fabio sempre serelepe, saltitante, cheio de presepadas e macacaquices, ali parado.
Naquele final de semana, ele tinha ido com os amigos para a praia e lá, resolveu entrar no mar. A praia cheia de buracos que nem sei como chama isso, mas sei que tem um nome. Acabou dragando, o jovem e promissor Fabio.
Uma pessoa fantástica!
O tempo vai passando e você vai notando os lugares vagos no seu albúm ...

Tem alguém aí???!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Toda tampa tem uma panela

Aí, o amor. Como diria Dalva: o amor é o amor!!
Meu blog se presta principalmente para que eu exorcise minhas historias, sensações, as personagens que me surgem e que a escrita não consegue dar vazão.
Fui perguntado por uma amiga, por quê minhas histórias não falam de amor ou dos meus amores.!
Estranho, né?!
Não tem mesmo.
Minhas histórias falam de amor pelo ser humano, pelas pessoas, suas loucuras.
Eu sinceramente não acho que meus amores sejam tão interessantes a ponto de serem compartilhados aqui!
Até agora não me ocorreu nenhuma lembrança digna de nota.
Acho realmente que se fosse falar desse amor singular, direcionado a uma única pessoa, esse blog ficaria um pouco nebuloso.
Eu faço parte desse grupo de pessoas solitárias que continua esperando o arrebatamento desse sentimento tão bom e tão complexo que se denominou amor.
Estou aberto. Aguardando. Na pista pra negócio. Sempre.
Procurando.
Ainda não mandei minha foto pros classificados do Diário de São Paulo, até porque acho aqueles anuncios mais parecidos com o obtuário!
Fotos horriveis com pessoas idem e um desespero desolador pula do papel.
Vou continuar esperando minha cara metade, minha outra asa ou que quer que seja.
Algumas pessoas acham que sou muito exigente!
??
Não sei porque chegaram a essa conclusão.
Sou absolutamente simples, só não sou desesperado, a ponto pegar a primeira pessoa que me apareça pela frente. Se isso for ser exigente...
Não sou fã de casamentos, noivados, mas um bom cafuné e uma boa companhia não faz mal a ninguém!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Farofa de domingo!

Ai, já começou o Didi!
As noites de domingo eram sempre iguais. As sete horas depois daquela abertura em desenho animado dos Trapalhões, escutávamos as palmas na porta.
Quando soava a música de abertura, minha madrinha fritava a carne em cubinhos, cheirava a casa inteira. Fazia uma farofa, colocava num saquinho e ficavamos esperando.
Ao ouvir as palmas, eu ia atender. Já conseguia alcançar o trinco! Através do portãozinho baixo, que pra mim era enorme, via aquela criança, mais nova que eu.
Era um meninho, queimado de sol, cabelo carapinha claro, chupava um dedo. Acho que nem preciso dizer que vinha todo sujo. Coberto de grude.
Era ele quem batia todo domingo naquele horário. Vinha pedir comida. Aquilo era quase um ritual. Se a minha madrinha se recusasse a fazer a marmitinha do garoto eu abria a boca, mas não lembro disso ter acontecido.
Eu entregava o saquinho com a farofa e ele pegava e saia. Eu ficava olhando ele dobrar a esquina todo orgulhoso.
No dia em que ela ia trabalhar deixava pronto pra eu entregar.
Essa sempre foi uma lembrança reconfortante da minha infância. Consigo lembrar o cheiro da carne, a textura da farofa, o sabor. As noites sempre quentes e o vento batendo no meu rosto no momento da entrega.
Nunca soube de onde vinha, onde morava, seu nome. Mas isso nunca foi importante.
O que importava era a felicidade que via naqueles olhos tristes ao receber o saquinho que o alimentaria naquela noite!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Julia, quer ser fada!

Fiz poucas peças infantis na minha carreira. Acho que umas 3 no máximo!
E essa é uma delas.
Temos apresentação no galpão nos próximos sábados (10, 17 e 24/04)
As 9 e as 11 horas.

Julia, quer ser fada!
No elenco: Lídia Sant´Anna, Claudio Bovo, Karina Mello, Flávia D´Álima e Walter Lins.
Espaço Cultural Encena
Rua Sgto. Stanislau Custodio, 130 - Jd Jussara

Apareçam por lá!

A atora 4

Aí, que dor de ... deve ser a cabeça, ou o ouvido, ou é o dente do ciso!
Não, eu arranquei quando tinha 26!

A atora estava passando na rua, tinha ido comprar aspirina. era viciada em aspirina e tinha uma equipe de gravação cobrindo o aparecimento de um buraco terrível naquela rua.

- É que canal?

- Dá licença minha senhora.

- Eu, sou arrtista! Já fiz vários personagenss. Posso falar?

- Minhas senhora, lincença...

- Eu Fiz uma peça que as pessoas voltavam sempre pra rever. Eu saia do teatro e era gritada pelas ruas. As pessoas amavam aquela personagem! Eu também, amava Samantha. Ela era demais. Ela tinha um charme, um brilho, uma coisa. Era lôco! Era a historia de uma criada que era morta e ficava assombrando uma casa abandonada que ficava do lado do lago onde tinha um monstro...

...

- Ué, cadê todo mundo?!!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Praça da República

Aí, lá vou eu, de novo!

Vira e mexe, tenho que colocar crédito no bilhete único.
E principalmente quando vou ao centro fazer milhões de coisas, vou de ônibus. Como a prima pobre da Angélica que sempre ia de taxi.
Lá vou eu, fila da República. Pensei que ali seria mais rápido, pois teria menos gente e tal.
E ir na república é uma loucura. Desvia dos trombadinhas, atenção a tudo, aos bolsos, a mochila e lá vem um hippie de aspecto sujo, te oferecer uma pulseira de arame ou uma escultura em durepox e côco!
E lógico, tome gente esquézita!
O povo da república é esquézito, beirando a feiúra mesmo.
É gente, com cabelo ensebado, com cor indefinida, parecendo uma experiência mal sucedida e claro roupas absolutamente inadequadas.
É moça de barriga quebrada com blusinha acima do umbigo, mostrando aquele elástico da calcinha esgarçado que eu fico azul de vergonha por ela. Lá também tem garotos com as calças caindo a ponto de mostrar a cueca cheia de bolinhas. Cueca preta com bolinhas brancas, sabe como é?
Eu fico pensando: Como é que essas calças não caem?!
Elas ficam abaixo da linha que une a bunda e a coxa!!!
Como não caem???
E lá vou eu pra fila quilometrica.
O bom é que sempre tem assuntos ocorrendo a minha volta pra eu observar.
Um casal se beijando. Não sei se chegando ou saindo!
Uma filha gritando com a mãe!  Locura!
E na minha vez: O sistema caiu!
Eu: E agora?
A moça muito preocupada, continua contando as notas de 20, dentro daquela cabine que mais parece um banheiro químico bem iluminado!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

E o glamour?

Ai, olha a hora!
E tudo tem um fim. Mesmo que não seja definitivo, mas tudo é ciclico. Tem começo, meio e fim.
As vezes a gente, ou eu, se confunde e acha que o meio é o fim ou que o começo já deveria ser o meio e enfim; é aquele forôrô!
Nosso último espetáculo em cartaz, acabou a temporada no Ruth Escobar e lá vamos nós resolver o problema do transporte do cenário pro nosso galpão.
Como nem tudo é só luxo, brilho e glamour.
Temos que desmontar, carregar, organizar e levar as peças da peça pra serem guardadas. Daqui a pouco teremos que utilizá-las novamente nas viagens. Então, temos que acompanhar de perto. E quando digo acompanhar é modo de dizer, porque botamos a mão na massa em cada uma das fases que compõem a montagem e desmontagem de um espetáculo.
Fazer arte sempre foi uma coisa árdua e não vai ser pra mim que vai ser diferente.
Enquanto eu descia as escadas do camarim que dão pro saguão, carregando um pedaço da escada do cenário, pensei: Cadê o Grramour?
E olha que é uma mudança com muita coisa.
Primeiro organizamos os figurinos, perucas, adereços e depois partimos pro cenário propriamente dito.
E quem disse que o caminhãozinho parecia caber aquele monte de coisas?
Mas fizemos caber.
O teatro é alugado por uma faculdade de teatro e nesses dois dias nos deparamos com os nossos futuros colegas de profissão. Eles estão na fase de achar que fazer teatro é só glamour!
É uma fase lúdica do processo.
Eles não imaginam que um ator que se propõe a trabalhar de verdade, precisa as vezes carregar seu próprio cenário. Cuidar do seu figurino e pentear sua própria peruca, quando tem.
- É de que peça esse cenário?
Me perguntou um, curioso com tanta coisa.
Um ator que se produz, tem que botar a mão na massa.
A gente está sempre com um olho no peixe e outro no gato.
Muitas vezes antes de entrar em cena estamos cansados, irritados por a luz não estar como deveria ou o som ter dado problema minutos antes da abertura da cortina.
A realidade é dura.
Colocamos as coisas no caminhão e fomos antes que a chuva nos pegasse.
A lona que havia sido colocada pra proteger o cenário virou um monte de tiras.
E os rastelos que resolveram cair em plena avenida?!
É uma lokura do inicio ao fim!!
Mas é isso.
Bola pra frente e quem venha novas emoções...
Pelo menos eu tenho historias pra contar.



terça-feira, 6 de abril de 2010

Um bom filme pra uma tarde chuvosa!

Ai a lealdade!

Sempre ao seu lado - Sinopse Quando Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita, é encontrado perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade. Baseado em uma história real, Sempre ao seu Lado, é um emocionante filme sobre lealdade.
Esse filme com Richard Gere me fez chorar muito.
Antes só a Suzana Saradon e o Antonio Hanks faziam isso comigo!
Muito bom, recomendo!
Quem puder veja.
Simplesmente lindo, emocionante pra dizer o mínimo!
Esse é um dos meus gatos, Sulanka!
Ele adora dormir na frente das legendas dos filmes!


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Guaraná e o bom velhinho

Aí, esquecemos dele!

Guaraná, um menino sambudo (com barriga grande) não estava muito habituado com festas.
Nunca tinha tido aniversário, ido à casamentos ou coisas desse tipo.
Tinha uns 6 anos e aquele dia era natal na escola.
Ele já tinha ouvido falar de papai Noel. Um velhinho que distribuia presente montado numa carruagem puxado por renas?
Rena era uma cabra com chifres compridos.
Carruagem, uma carroça pequena, mas bem acabada.
E papai Noel era um velhinho besta, porque deixar o clima agradável do polo norte pra ir até o sertão levar presente?
Guaraná nunca tinha visto o tal velhinho, mas ninguem nunca viu. O pai dele dizia que Noel vinha quando as criancas dormiam e deixava o presente.
Ele nunca havia ganhado nada de papai Noel.
E aquele dia na escola o velhinho viria do polo norte sópra participar da festa da escola.
Era aquela barulheira, criança correndo pra lá, pra cá! Uns sorriam, outros gritavam. O cheiro de suco de morango enchia o embiente.
Guaraná ainda viu a tia Lurdes vestindo uma roupa vermelha enquanto conversava com outra tia.
- Os pais não mandaram nada!
- E agora?
Uma orda de crianças passou e o levou pro salão!
-Ho ho ho!!!
Assim entrou o bom velhinho com um saco nas costas.
Eram presentes!!
O papai Noel começou entregando os presentes que vinha com etiquetas.
Ele não tinha decorado de quem eram os presentes.
Guaraná estava achando aquele velho muito esquisito!
Que bunda grande!
O saco aos poucos foi se esvaziando.
Maria Moreira, Lucio Alves, Magno Queiroz, Patriana Marcia.
Uma boneca, um carrinho de corda, um revólver, um jogo com peças pra montar uma cidade e assim por diante.
Guaraná viu um boneco play Mobil e pensou: Vou ganhar um desses!
Mas o saco se esvaziou e ele não foi chamado.
O bom velhinho esqueceu dele.
Sentiu um nó na garganta, uma dor no peito que refletia na testa e uma vontade enorme de chorar.
Por quê esse velho sacana não me trouxe nada?
Guaraná aos poucos foi se afastando do grupo e foi se encolher no fundo da sala.
Baixou a cabeça e chorou. um choro sentido!
Adormeceu e sentiu como se muito tempo tivesse se passado. Acordou com a tia Lurdes com a barba mal colada caindo de uma lado lhe dando uma bola comprada as pressas na feira que tinha ali na frente da escola.
Pegou a bola, baixou os olhos e agradeceu.
Velho miserável! Nunca mais pego numa bola!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Quê Tê Bê Fê ?!

Aí que frio!!!
Estava um vento muito forte e era noite. Escuro.
Ouço gritos, fumaça e a minha cabeça estava martelando.
Gente, onde eu estava? O que era aquilo?
Senti um aperto no saco, nas bolas, lá mesmo. Me assustei. Macaba uma velha toda enrugada apeeerrtava meus bagos.
Me desesperei e pensei olhando pros poros sujos de fuligem daquela infame agarrada nos meus quibas: O que caralho essa velha macumbeira está fazendo agarrada aí?
Ela costumava ir até a mata despachar bonequinhas de pano em caixõezinhos. De vez em quando encontrávamos esses despachos, eram até bonitinhos.
Mas ali a velha não estava pra brincadeira.
No céu uma revoada de mortalhas coalhava o infinito e eu ali, naquela situação!
Ela com dificuldade pra respirar grunhia: quêtêbêfê!!!
E tossia com dificuldade e cuspia (potof!).
Eu sentia aquele bafo de fumo de corda.
O calor aumentava e de repente, eu estava correndo por umas ruas empoeiradas. Finalmente, me livrei daquela peste, pensei.
Mas o desespero bateu novamente.
Eu estava correndo nú.
Meu Deus e agora o que vou fazer?
Tem alguém aí?
Alguém me ajuda.
Aí, meu saco!!
Tem alguém aí?
Vinha vindo um carro, farol alto. Pulei pra dentro duns matos e caí em cima de um pé de cansanção.
Alguém sabe o que é um pé de cansanção?
É um matinho filho da puta que tem vários espinhos que em contato com a pele provoca umas bolhas enormes. Pois eu cai em cima de um pezinho dessa praga.
Fiquei com a perna e um pedaço da bunda, magra, todo coberto de bolhas.
Mas o que raios eu estava fazendo ali?
Eu precisava voltar pra casa. E dali dava pra ver o portão da minha casa com uma luzinha lá no fundo.
Meu irmão deve estar acordado!
Mas eu estava correndo pro lado contrário. Aquela maldita velha dos infernos me apertou tão forte que perdi a noção de direção.
Olhei prum lado, olhei pro outro, ninguém. Respirei fundo e sai correndo. Tudo ao vento!!
Era uma sensação boa. Sentir o vento bater no extremo sul! ...Era uma liberdade boa.
Quando já estava chegando perto do portão, pisei em alguma coisa mole e escorregadia. O cheiro de merda subiu e eu cai. A pancada foi forte, bati a cabeça. Pensei agora além de tudo, tô todo melado de bosta! Que merda!! Tudo escureceu, mais né?! Passei a mão na cabeça e senti uma umidade. A cabeça começou a formigar. Ainda vi um bando de meninos rindo como se fossem ienas selvagens e ao olhar pra mão, vi o sangue jorrar!
Pum!!!
Essa foi à última imagem que vi. Acordei exausto.
Preciso escrever tudo isso! É muita informação! Mas onde? Pra quê? Preciso botar essas coisas pra fora!
Pra quem?
Já sei vou fazer um blog!
Será que consigo?
Mas e que nome colocar?
E me veio à voz da velha na cabeça: quêtêbêfê!!
QTBF!!?
Quitéria Tem Boca Fofa!
Quando Terá Bofe Frito?
Quequé Tem Buscado Fortuna.
Queria Ter Bufunfa Farta!
Que Triste Barbara Fuma!
Quiqui Teve Bruta Febre
Quisera Ter Brincos Formosos
Quem Tem Bafo Fica.
Qual Trinco Bete Ficou?
Quando Teodora Bufa Fede!
Quem Tem Bode Fosco?
O que significaria QTBF?
Precisava significar alguma coisa!
E cheguei à conclusão óbvia que Quem Tem Boca Fala! Pode até ser merda, coisa que não vai servir pra nada, mas fala.
E assim nasceu o blog dos delírios de ator f...

Esse é o texto de um concurso lançado no blog http://erapraserursula.blogspot.com de Flávia D´Álima  que ganhei o primeiro lugar!!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Esperança, Silvio!

Ai, que que é isso?
Mais uma pérola do fundo do baú.
Encontrei essa carta, na verdade uma cópia.

"23/06/96
Em primeiro lugar o meu forte abraço Sílvio Santos e todos os que contribuem para a realização desse programa: Porta da esperança.
Aqui quem escreve é uma mulher sofrida desde muito tempo.
A minha vida começou a se transformar quando eu tinha 17 anos, foi quando terminei a 4ª série. Meus pais moravam na roça e por isso não pude continuar meus estudos. Não tinha condições.
Quando tinha 21 anos, fui abatida por uma doença que me atacou. Começou com uma simples gripe que foi se agravando, se agravando até que perdi o paladar e o olfato das coisas. Até hoje os médicos não conseguiram me ajudar. Com tudo isso, fui ficando revoltada e resolvi casar (?) já que não podia estudar para conseguir coisa melhor. Casei com 22 anos e me dei mal. Devia ter continuado aguentando as garras do meu pai. Depois de dois anos, descobri que meu marido tinha se envolvido com outra mulher. Quase me separei, mas ele veio pra São Paulo e logo mandou me buscar. Eu vim.
Nós morava no interior do país. Quando cheguei aqui, meu marido ainda não tinha lugar próprio e ficamos morando com uns parentes dele em um cômodo. Ali morava sete pessoas, vivemos lá por 1 ano.
Mas meu marido finalmente conseguiu comprar um cômodo na prefeitura com muito sacrificio. Foi sofrido, mas conseguimos construir mais dois cômodos, mas depois de construído, meu cunhado pra não morrer, matou um bandido. Meu marido estava com ele no local da tragédia. A polícia pensa que ele teve culpa. Meu cunhado foi preso e meu marido está fugido.
Não tenho paz, Silvio!
Não tenho pra onde ir. Minha casa vale muito pouco, o preço é baixo e nem é um lugar tão bom. Gostaria de comprar uma casa pronta em outro lugar. Tenho um terreno em Montes Claros e gostaria de ganhar através do programa Porta da Esperança de 7 mil a 10 mil reais para construir uma casa. Por favor, me ajude. Estou morando com meu filho e mais 4 irmãos, meu marido está morando cada dia num canto. Não tem lugar certo. Ele já tem seis anos de firma, mas ela não quer mandar embora e se ele pedir a conta perde todo o direito. Precisamos ir embora pra outra cidade, antes que ele seja preso injustamente. Não temos condições de pagar advogado e estamos correndo perigo. Bandido não brinca. Se não podem se vingar com o próprio, vinga na família.
Sílvio, agradeço sua atenção. Mas gostaria de dizer que se for sorteada, não posso dar muitos detalhes pela TV, pois a polícia pode estar assistindo, devido a seu grande sucesso. Estou pensando que não poderei mesmo mostrar meu rosto. Se você puder me mandar o dinheiro sem eu ir aí é até melhor.
Dê um beijo e um abraço forte no Lombardi. Só sinto não conhecê-lo pessoalmente, pois tenho essa curiosidade."

Será que o Silvio chamou-a ou mandou o dinheiro?
...
Tem alguém aí?!