segunda-feira, 31 de maio de 2010

Celular público

Ai, meu saco!



Tem dia que a paciência amanhece pouca, pouca, pouquinha!
Já reparou como o celular pode ser uma coisa desagradável?
É uma fonte terrível de evasão da privacidade.
Eu acho que existem lugares que esses aparelhos deveriam ser desligados. E no caso de não poder fazê-lo, ao se falar que se fale baixo, ponha a mão na boca, sei lá...
Estava um dia desses em que o pavio está curtissimo.
- Com os anjos.
- Vai sonhar comigo, né amor?
- Jura?
- Diz que me ama.
- Eu também.
- Ô, dorme bem viu?
- O que você vai fazer amanhã cedo?
- Vai trabalhar amanhã? Cedo?
- Ô, Trabalha bem amanhã viu?
Aaaargh! Que diabetes!
Virei pro lado.
- Na gaveta de baixo.
- Tá na gaveta das cuecas?
- Não, essa é das calcinhas da Prudência!
- É no meio Janda!
- A gaveta do meio, é!!
E o pior é que meu fone quebrou!!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Santa cruz de beira de estrada

Aí está a preula!!!

Aquela fila não andava.
Me dava uma vontade de sair gritando.
Meu Deeeus!!
4 caixas, só uma fubanga trabalhando e com uma vontade de morrer.
Essa fila não anda.
Parece que estou aqui há anos.
E nem tem ninguém interessante pra olhar, pra me distrair.
...
Opa!
Salvou a fila.
Aquela menina de relógio branco, de pulseira grossa, um tererê rosa...
Tererê ainda tá na moda?
Sapato de verniz preto, uma bolsa cinza laqueada, umas argolas pratas enoormes, uma corrente grande com um pingente maior que as argolas de ouro com uns "brilhantes" gravejados, uma calça amarela cintura baixissima e uma blusinha curta, claro, verde água.
Ela era realmente uma aparição!
Ainda bem que ando sempre com minha caderneta, porque não conseguiria guardar os detalhes de tal aparição.
Aquela menina me lembrou a história da Santa cruz de beira de estrada.
Minha mãe dizia: Essa daí parece uma Santa cruz de beira de estrada.
Uma cruz na beira da estrada, fica ali exposta pra que todos coloquem as fitas que bem quiser. No final de um determinado período a cruz fica igual um pachwork. Uma poluição total e absoluta!
- Próximo.
Viu?
Rapidamente chegou a minha vez. Nem vi o tempo passar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

No ponto

Ai que demora!

Lá estava eu, aguardando o ônibus. Ainda não aderi a moto em 100% das minhas saídas.
Pensava em quanto tempo mais teria de esperar e que apesar de ir ver um espetáculo, me distrair, tinha horário pra chegar!
Cumprir horário é um saco!
Enfim,...
De repente fui abordado por uma senhorinha que estava no ponto. Arrumadinha. Saia até o pé, blusa,
casaquinho de mãe, bolsa e um cabelo bem "crente".
Pensei que naquele momento começaria a evangelização.
- Que dia é hoje, moço?
- Oi?!
- Que dia é hoje? Da semana?
Fiquei suspenso. Achei estranho.
O que leva uma pessoa a esquecer em que dia da semana está?
Ás vezes me confundo com as datas, sempre me atrapalho com horários.
Mas com o dia, ainda não aconteceu.
- Domingo. Hoje é domingo.
- Brigado.
E foi embora.
!?

terça-feira, 25 de maio de 2010

A Próxima peça!


Ai, senhor!! Derrama sobre mim teu manto de paciência!



E lá estou eu, novamente, as voltas com uma nova peça.
Resolvemos montar um antigo sonho que era uma peça de um autor do rio. Projeto pronto, figurinos quase acabados, trilha montada, teatro combinado. Faltava decidir o cenário e acertar com o autor.
Ele pediu muito mais grana do que o nosso pequenissimo bolso suportaria guardar e ficamos órfãos de texto.
Lá estavamos 3 atores a procura de um texto.
Liguei pro super Giba e expliquei a situação e pedi pra ele escrever um texto pra 3 atores, mais ou menos assim, assado e tal.
O fabuloso Gilberto pediu 30 dias pra desenvolver a idéia e entregar o texto.
E cumpriu!
Supimpa!
Faltava o nome. Batizei de A peça.
O Giba achou que tudo bem, mas os meninos não gostaram muito.
Foi sugerido: Com jeito vai!
?
É, até que se tenha uma outra idéia, fica assim.
Mas convenhamos que não é legal e mais, não reflete o que é a peça.
A historia de 3 atores montando uma peça. Desde o primeiro encontro até a estréia!
O Orias dirigirá a peça e sugeriu o terceiro título: A peça é comedia?
No meio dessa grande dúvida de como se batizar esse filho, um dos atores resolveu arrumar emprego!
Era só o que nos faltava.
Em agosto, não percam: A peça ou Com jeito vai ou A peça é comédia? de Gilberto Amendola no Teatro Augusta - sala experimental.
É a Encena em cena de novo em 2010!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os ossos em Itú!

E lá vamos nós pra mais uma viagem.
Quem estiver por ali, pode ir dar uma espiadinha!

TEMEC Teatro Maestro Eleazar de Carvalho
18:30 e 20:30
Rua Cuiabá, 61 - Bairro Brasil
Itu - SP
Fone 4022.0206

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Atora e Atoro

Aiiii, os dois?!


O Atoro
- Eu gostaria muito de pegar esse papel. Eu faço qualquer coisa que dare.



A atora
- Assim, eu sou franca, viu? Papel com pouca fala, eu não gosto muito não!



Atoro
- Eu as vezes não inzijo o papel principal, porque as vezes não dá para fazer.
No Romeu e Julieta, por inxemplo. Eu não posso fazer... óvios, não posso fazer a Julieta os otros todos, eu posso pegar.



Atora
- Eu sou muito humilde. Nós artistas somos sensiveis e simples, né?
Não faço exigências, mas gosto de um camarim tranquilo, bem iluminado, organizado, porque sempre faço uma bagunça e é bom um lugar organizado., Umas frutinhas, frescas. Tudo simples...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Gostar

Ai, o ser humano!!!

O que se esperar de quem se gosta?
Que essa pessoa torça por nós?
Que nos considere, sempre?
Que sempre que pensar em coisas boas, também lembre de todos a quem gosta?
Que nos momentos agradáveis se lembre de quantos já passamos juntos?
Que nos momentos felizes queira compartilhar com quem se gosta?
Que queira criar vínculo entre os amigos de novos com aqueles de mais tempo?
Existe se gostar um pouco?
Se gostar as vezes?
Gostar de algumas coisas?
Alguns gostares, exigem verdade
Verdade exige coragem.
Até mesmo pra dizer o que não se gosta em quem gostamos.
Gostar pra mim é assim!
Sem dúvidas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Operários!

Ai, o destino!!!
Uma peça de teatro é como um jogo de loteria.
Ainda nao descobrimos como montar um sucesso.
12 anos depois ainda não encontramos a fórmula mágica de como produzir um grande sucesso de público!
Qualidade do texto, não determina isso.
Já montamos Shakespeare, Gonçalves Dias, Thornton Wilder, Peter Weiss, Jorde Andrade, Gilberto Amendola, ...
Gênero: comédia com certeza tem mais chance de dar certo.
Tamanho de elenco, valor da produção, intensidade da divulgação...
Realmente é uma equação complexa!
E os artistas, atores, diretores, continuam a perseguir a realização de um espetáculo que permita exercer seus ofícios de forma digna.
Mas as agruras e adversidades não acabam por aí.
Uma peça de teatro com elenco desconhecido tem que competir com muitas coisas. Com a chuva, com o trânsito, com a Tv, o computador, o jogo de futebol, a festa de aniversário, a quermece, o casamento, o bingo, a missa, enfim com tudo.
O que me conforta em algum momento é que quem gosta de teatro, gosta e frequenta, apesar de todo esse cardápio, mas no momento seguinte o desespero me abate, porque essas pessoas são poucas e estão morrendo...
Eu acredito sinceramente que o teatro não sumirá do mundo, mas está cada vez mais dificil manter uma peça no ar.
Os atores são considerados unicórnios, figuras mitológicas, intocáveis que não precisam nem de respeito, nem de remuneração.
O amor, a esperança são ingredientes essenciais que movem os atores, mas não os alimenta. Um ator é antes de tudo um homem, um trabalhador.
Mas isso nunca foi tão diferente.
Quantos não foram esquecidos pelo caminho?
Quantos não sentiram o que sentimos quando entramos numa platéia minguada?
É desesperador olhar pra uma longa trajetória e se sentir impotente diante de tantas adversidades.
Um conforto é saber que fizemos o que gostamos, da melhor forma possivel.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Asfalto quente

Aí, eu peguei o gado pelo chifre e quando todo mund....poft!



Eu desde sempre quis ser ator.
Aos 5 anos eu ia no fuuundo da minha casa pegar uma ramagem/penugem que floria do capim. Amarrava na cabeça, forrava um tapete na calçada e sentado voava igual o Alladim que eu assistia no Sítio do pica-pau Amarelo.
Subia nos telhado feito Homem-Aranha, olhava a cidade lá de cima como o Super-Homem e lógico, caia feito uma goiaba madura e me estatelava no chão. Um anjinho!
Desde muito pequeno eu sempre fui outra pessoa ou outra coisa.
Teve uma época que eu achava bacana desfalecer do nada. Repetinamente. De repente no meio de uma corrida, pluft!!
Eu fingia que perdia os sentidos e caía.
No meio de uma conversa com minha mãe, ploft!!!
- No dia que você desmaiar de verdade, ninguém vai acreditar!!! Dizia balançando a colher de pau em riste e a mão na cintura.
Mas isso aumentava o desafio. Será que mesmo sabendo disso tudo em ainda conseguiria enganar alguém?
Conseguia.
Lógico que sempre tinha alguém do lado para acudir.
Um belo dia, lá fui eu pagar uma conta de água ou luz, nem sei! Aquela fila enorme, aquele calor do cão. O ar condicionado ainda não tinha chegado por aquelas bandas. Ventilador era o que se tinha de máximo!!
Finalmente cheguei no caixa. Paguei a conta e saí do banco rumo a minha casa.
Devia ser uma 13 ou 14 horas, um sol de fritar ovos no asfalto.
Aquele banco continuava lotado, ao abrir a porta pra rua, tudo escureceu... ouvi bem ao longe um barulho seco de um corpo se chocando violentamente contra o chão!
Silêncio.
Voltei a mim.
Ouvia várias vozes e percebi que me levavam para algum lugar.
"Eu" tinha desfalecido e me estatelado no chão!!!!
Fui invadido por uma vergonha terrível.
- Tô bem, bem!
- On´e cê mora minino?
- Barro novo.
- Loongi!
- ...
- Teu pai?
- trabalando.
- E tua mãe?
- Tamem!
- Danadu. Tenh algum cunhecid teu aqui nu banco? Se tu num melorá minino, vamu ter que esperá alguem vim te buscá!
Mal tinha coragem de levantar a cabeça.
Quando deixaram, me levantei e fui embora rapidamente.
Nunca mais quis brincar de ser o senhor dos desfalecimentos.

É.

A VIDA ENSINA APRENDE QUEM QUER!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Entre um espetáculo e outro...

Ai, coitada!
Mas uma estrela de cinema, passar por isso!
Bem feito, essas mulheres acham que podem ter tudo.
Ouvi dizer que ela recebeu o Oscar por engano!
Dizem que ela vai ter que devolver.
Não, esse é a framboeza que ela vai ter devolver.
Esse cara é um cachorro!
Mas fazer uma coisa dessas com uma mulher daquelas!
Idiota!
Merecia ter o saco arrancado.
Credo! Ele disse que é viciado em sexo!
Agora é assim. Todo puto que é descoberto, vem com essa desculpa!
Ele foi ou está numa clínica se tratando.
Como será o tratamento?
Como assim?
De um viciado em sexo! Como será?
Eu não sei!
Um gordo num spa a gente sabe como funciona, um drogado, um alcoolatra, mas e uma pessoa viciada em sexo?
Acho que toma umas injeções pra diminuir a libido!
É, chama castração química!
Será?
Que loko!!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Apelidos

Ai, preula! Não chama assim!!
Passei a minha infância inteira fugindo do apelido que ganhei ainda pequenino.
Muito tempo depois percebi que todo mundo tem um apelido e que isso é uma coisa normal.
Meu irmão, por exemplo, eu tentava chamá-lo de Segundo, mas como não conseguia, saía Gundo e ele teve que conviver durante mais de 10 anos com essa praga criada inocentemente por mim.
Eu tinha que atender pelo nome de Tey, quase como o refrigerante, Taí.
Quando fiquei maiorzinho e mais esperto quis logo saber.
- Quem me botou esse apelido?
- Lia, menino!!
- cachorra! Pensava baixinho.
Meu medo era meu apelido virar nome!
Isso era coisa normal na minha família.
Minha prima Erivãnia, era mundialmente conhecida como Selma. Juliana era na verdade Janecleide, Junior- Odilon, Ivanildes-Vanda. Isso nem eram os apelidos eram os subnomes!
Apelidos eram mais estrambólicos.
Elizabete era Toco; Anderson, tico; josival, Cuta; Josivaldo, didi.
Não posso reclamar de falta de imaginação, né?!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Los bacanas

Ai, caramba!!!
Imaginem 5 amigos reunidos numa festinha regada a vinho, música dos anos 70, karaokê, gretchen, batidinhas, comidinhas e muita animação...
Nem precisa imaginar muito, veja!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um bordel                Música alta
                                Muitas mulheres
                 Mortes                                FEstas
                                   Homens
Bebidas                                                felicidade
          Vidas degustadas até a última gota.



Em Junho Não perca                             Ardida!

A atora 7


- Aiiiiiiii!

- Mas o que aconteceu?
- Que peruca é essa?
Eu lavei e pentiei. Não ficou linda?
Prefiro assim.
Cheirosa, sente.
Estou usando essa peruca a 2 meses e eu soô muito, né?
Ficou boa, fala que não ficou?
- Mas... mas e os cachos? Cadê os cachos?!!!
Ah, mas nem tá na moda!
O chique é cabelo liso.
Ficou in, super in!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fones de ouvido

Ai que merda, logo agora?!
A vida sem música é muito chata.
Com música qualquer entrevero fica flú!
Pra mim pelo menos.
Mas existe um impecilho nisso tudo: Os fones.
Esses complementos foram feitos pra quebrar!
Você compra hoje, amanhã ele com certeza não funcionará mais.
Eu já me irritei muito com isso.
Principalmente, porque quando o fone quebrava, eu achava que era porque tinha comprado no camelô.
E lógico, resolvia comprar um mais caro. Pra ver se seria diferente!
Mas qual o quê? Dali pouquissimo tempo o fone ficava mudo tal qual o outro baratinho.
Já que inventaram pra que fosse descartável, deveriam pelo menos baratear o preço dos fones.
É ele sempre que me salva quando tudo fica chato!
Barateiem o preço dos fones de ouvido!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Muerta

Ai, nós já passamos por aqui!!!

Eles estavam sozinhos num sítio que ainda não havia sido batizado, apesar de já estar a algum tempo na família.
A chuva, o frio, o cheiro de tripa de galinha não os deixava muita opção!
É claro que a imaginação daquele bando de delinquentes foi a respónsável por esse ato insano.
Então, aproveitem essa historia horripilante!
A morta que morreu!
Você vai morrer, de rir!!!

Tem alguém aí?
Se tiver cuidado!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A bandeija chic

Ai, que cheiro de gordura!!
E assim íamos pulando de restante a restaurante. Cada dia era um diferente, não podíamos enjoar.
Eu sempre com físique de cabide, não podia ficar sem fazer uma refeição e o ritmo era puxado.
Eram 8 horas no escritório, depois tinha ensaio no taboão e só ia chegar em casa lá pra meia-noite. Foi assim durante um bom tempo.
Quando mudou, eu incluí a faculdade durante a semana e o teatro ficou só aos finais de semana.
Mas a inquietação por um restaurante decente, durou muito tempo.
No início ainda tentamos comer no que eles chamavam de copa. Comprávamos umas marmitas, feitas nem lembro mais por quem e dividíamos pra duas pessoas. Era comida muito boa mesmo e barata!
Lembro de um macarrão que era um espetáculo. E olha que nunca fui muito fã de macarrão.
Era um grupo. Comprávamos várias marmitas daquela comida caseira que alguém havia nos indicado. Nessa época o dinheiro curtissimo tinha que ser bem administrado!
Organizamos da seguinte forma: Cada dia descia duas pessoas pra pegar as marmitas. Mas é lógico que tinha gente que não queria ser visto com aquela prova de pobreza, aquela vergonha!
Já pensou, todo mundo na empresa ficar sabendo que como marmita?
Vez ou outra dava confusão na nossa escala.
E era sempre uma farra aqueles almoços.
Dadas as confusões, resolvemos ir pro restaurante. Descobrimos um lugar que tinha uma comidinha mais ou menos e dava pra duas pessoas. Ah, o melhor: era baratinho!
Eu apelidei o lugar de Cabellus! Só pra dar uma emoção.
Lá nunca encontramos nada que desabonasse a higiene do lugar, mas o atendimento era PÉSSIMO!
As garçonetes só faltavam bater nos clientes. Vinham colocar os pratos e talheres e arremeçavam na mesa. Numa delicadeza...
O grupão foi se resumindo .
Ficamos só eu e minha amiga,  Bia, que hoje atende pelo seu nome de batismo: Eliana.
Cada dia tinhamos um restaurante pra irmos visitar.
Tinha um Strogonoff maravilhoso que saíamos rolando do restaurante toda quarta-feira. Mas como nem tudo são flores na hora de pagar era um suplício. A dona era uma centopéia dopada.
Comíamos também uma torta de frango fantástica no Marjorie, um restaurante que era um corredorzinho.
Hummm, descobrimos um restaurante na puta que pariu que servia uma anchova as sextas que era um manjar! Mas era longe pra porra!
Desses restaurantes todos nenhum marcou mais nossas vidas que o Bandeija chic. Talvez pelo tempo em que comemos alí.
O melhor pastel do Brooklin as quartas e sextas, o melhor nhoc as terças e sextas, a melhor feijoada, pra mim que não gosto de orelha, pé e adjacências, bacalhau ao zé do pipo, e um monte mais de maravilhas que nos sustentaram durante 5 anos...
Ali vimos crianças crescerem, pessoas sumirem, roubarem sorvetes. Rimos muito, sofremos bastante e agonizamos nossos últimos momentos.
Quem estiver passando pelo Brooklin na hora do almoço pode ir conferir as maravilhas oferecidas pela simpatia que é o Sr. Mario, um japonês gente finissima.



Rua Guararapes, 1593!

terça-feira, 4 de maio de 2010

O barão na estrada 1

Aí vamos nós pra mais uma empreitada.
Começamos a excursão pelo interior paulista!
Ou melhor, eu comecei.
Levantei cedo, depois de muito tempo, pra encontrar com a nossa representante no interior pra visitar a primeira cidade a receber a nossa montagem de "Os ossos do barão", a comédia de Jorge Andrade. Temos que divulgar o espetáculo, dar entrevistas e essas coisas todas.
Tudo é novo.
Encontramos nosso chofer, o seu Antonio que nos guiará pela cidade, pois vamos bater os quatro cantos da cidade.
- A gente não é contra o pedagio, mas contra o preço! Pedagio de R$1,30 dá gosto da gente pagar.
Eu que pensava que a cidade tinha duas ruas, me surpreendi!
É uma cidade grande, apesar de se poder ver onde a cidade termina.
Tem duas igrejas, uma universal enorme, dois ginásios e encontramos no "palco" 600 crianças mais ou menos.
Formatura em Abril! Será que é o que chamamos de lugar atrasado?
Ao conhecer o local da apresentação, num parque lindo, vi que essa nova empreitada promete!
Tenho certeza que sairemos dela mais sabidos!
- Vamos pro Shopping seu Antonio, pro shopping!
- A gente tamo indo pra onde?
- Pro Shopping!
- Ali tem uma escola, vamos lá agora?
- Pro shopping, pro shopping, shopping seu Antonio!!!
Um lugar tão perto, 40 minutos da loucura de Sampa e tão diferente!
O povo é outro. Todo mundo muito simpático, alegre, acolhedor. Até os cachorros são diferentes.
Acho que lá gatos e cachorros ainda comem comida. Comida de gente.
No único pet shop que vi tinha um anuncio grande pra comida de cavalo. Deve ser o bicho da vez daquelas bandas.
Lá o Shopping não tem praça de alimentação. Tem uma lanchonete. Uma.
Mas tem guardador de carros e tenho certeza que se não forem devidamente recompensados, cravam um prego lataria a fora do carro!
A imprensa é igual em todo lugar.
Tem conhecido no elenco?
Na volta paramos num restaurante desses de beira de estrada.
Cavalgada.
Um lugar que mais parecia cenário dos filmes do Tarantino.
No caixa um rapaz, maaaagro, como eu próprio, só que de cabelos longos, lisos relaxados e passado a ferro, espichado a força como o de um cantor de forró dessas bandas fodonas!
Ele jogava paciência no caixa. Pense!
Eita, vidão!



E vamos pra próxima cidade divulgar o espétáculo!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Do lado de lá e do lado de cá

Ai, que abafado!



Janderlane, acordou naquele dia atrasada. Era sábado e tinha que ir a feira, pois mais tarde teria a visita da sogra. Não poderia fazer feio com a dona Neildes.
Pegou o filho mais novo Eron pelo braço e convocou Valdeir, o mais velho, para ir com eles.
A feira era perto e assim voltariam logo.
Na volta cheios de sacolas, passaram por uma moto parada na esquina.
Quando já estavam perto de casa, foram alcançados pelo motoqueiro que acertou Janda em cheio. Primeiro a derrubou jogando-a longe, depois desferiu vários golpe com um taco de golfe. Quebrou sua ponte e as frutas rolaram pelo asfalto.
Ele deu meia volta, alcançou o mais velho e lhe desferiu um chute no estômago. E tome porrada com o taco. O adolescente caiu gritando.
Mais que depressa agarrou Eron, o mais novo, pelos cabelos e foi arrastado avenida afora.
Janderlane, gritou muito, mais foi surpreendida por dois golpes nas pernas. O motoqueiro fantasma queria trucidá-la. Ela não tinha como ajudar o filho.
Os 3 estavam vivos, mas cobertos de sangue, tamanho o massacre de chutes e pontapés.
Ela olhou para o céu e aos berros perguntou: Por quê, Deus?
Acordou com o som do telecurso 2º grau. Eram 6 horas.
Precisava correr para não chegar atrasada.
Seu serviço a esperava e aquele dia seria cheio, pois o bando de inúteis que trabalhava com ela, estava pedindo um chacoalhão. Ainda tinha um inútil de um aleijado que a auxiliava!
-Ah, se eu pudesse me livrar dele...
O cretino do filho mais velho, ainda não tinha levantado.
- Vai, idiota! Vai ficar ai feito um bosta?
- Cadê a merda do pai de vocês?! gritou. Sai daí. Tá se maquiando no banheiro???
Aquele seria um dia dos infernos. Como todos os outros.
- Infeeeerno!