segunda-feira, 26 de abril de 2010

Gatos

Ai, não é uma gracinha?

Depois de alguns cachorros, resolvi que queria criar gatos.
Os cachorros eram todos vira-latas. Lobinho, vinvim, piada, cotó, Bob, nomes comuns dados pelos meus pais, pois eu era muito pequeno.
Já os gatos eu já tinha condições de batizá-los, todos achavam, inclusive eu.
Nem sei onde arrumamos aqueles, mas quando menos esperei, lá estavam os dois.
Raquel, em homenagem a Regina Duarte e seu personagem em Vale Tudo e Mimi.
Um casal.
Eles faziam a festa.
Viviam soltos, correndo pela casa, fazendo travessuras.
Eram do tempo em que gato pegava rato, comiam restos de comida, não tomavam banho de jeito nenhum, porque podiam morrer e faziam necessidades longe de casa, porque viviam soltos.
Bons tempos aqueles.
Certo dia, recebemos a visita de uma tia-avó, tia Ana Rita. Magra, velhinha e com uma voz rouca que mais parecia um sopro.
Tinha um problema na garganta.
- Mas é o quê?
- Ela enguliu uma agulha e furou as pregas vocais.
- Ah tá... (não entendi nada!)
Tia Ana Rita era muito divertida.
- Qual o nome desse gato lôro?
- Mimi
- E o maiadinho?
- Raquel?
- Raqué?
- É!
- Mas esse gato é macho.
 Ói. Cadê a chaninha dele? Tá veno?
- Apois!

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