segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Prazer




Quando eu sou bom, eu sou bom
Agora quando eu sou ruim, putaquepariu, aí sou foda!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Simpatia


A ditadura da simpatia também é uma merda!
Ninguém tem que ser obrigado a ser simpático, eu acho.
Não estou falando de educação de ser educado. Falta de educação deveria ser passível de "croque" ou um "pow" no meio da cara.
Agora, simpático ou se é ou se acena. 
Pelo amor!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

No inicio



Eu comecei a fazer teatro em 1987, de forma pavorosa, a mais pavorosa que minha mente consegue imaginar.
Eu escrevia, dirigia, maquiava e figurinava. Agora tudo isso sem ter feito um curso ou ter visto uma peça de teatro antes. Minhas referência eram os circos, as novelas, o cinema e as representações da igreja. Tudo referência vaga e longínqua. Mas mesmo assim, as pecinhas que eu fazia e saia pelos arredores, tinham enredos, números musicais cantados ao vivo, as vezes acompanhados de violão, isso mesmo, as vezes! E eram cobrados ingressos, claro! 
Os figurinos eu não faço a menor ideia de como eram, mas deviam ser qualquer coisa de horripilante pra baixo. 
As maquiagens, eu juntava as da minha mãe que tinha passado do prazo e saia improvisando o que dava. Mas desde aquela época já tinha desenho. Rabiscos! Fazia deformações com arroz cozido e cola de uma planta que tinha no meu jardim!
Lembro que pra uma peça que se chamava A família Pinel e tratava de ambição, poder e morte numa família, eu precisa de uma peruca. Como não tinha onde conseguir uma, juntei durante vários dias os pelos dos bois abatidos no matadouro, lavei e com cola fiz um arremedo do que eu achava que fosse uma peruca.
Naquela época fotografia era quase um luxo, então me contento com as imagens borradas que surgem da minha memória fértil. E pasmem, eu me divirto!!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Decorar



Todo mundo me pergunta, quando sabem que sou ator como eu decoro texto.
Você deve ter facilidade, né? Eu não dava pra isso não.
Mas sempre tem alguém da família que dava, porque decora fácil, um primo, um sobrinho, uma filha, enfim...
Eu não sei uma fórmula de decorar. Cada um tem a sua. Um jeito. No fim das contas o que faz que eu decore é uma junção do entendimento com a repetição. E isso me faz lembrar que quando eu comecei a fazer “teatro” aos 13 anos como eu sempre fiz tudo, eu também achava que podia dirigir, na verdade se eu não dirigisse não ia ter nada. E como nem todo mundo sabia ler, e queria muito fazer eu tinha uma forma de incluir quem quisesse.
Eu fazia um roteiro e ensaiávamos infinitas tardes, com as pessoas repetindo as falas que eu inventava na hora. Eu sabia a situação e inventava na hora e assim íamos até a peça ficar pronta.
E viva José de Anchieta!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A interrogação (?)


- Você é casado?
- Não!
- Tá namorando?
-... Tô na bolha... 
E me deu um estalo, uma angústia. Engoli a seco e ri. 
E por mais que digam que eu fui pra lá, pra bolha, eu continuo dizendo angustiadamente que não!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Na falta do que dizer Sorria ou simplesmente Acene!‏


E mais uma vez:
- Mas teu blog é um diário?
- É.(Cansei dessa história. ) É um lugar onde escrevo o que acho pertinente escrever e que quem estiver interessado pode ir lá e ler. E como você pode ver nem é tanta gente assim. Mas se um dia os Et´s quiserem , podem conhecer um pouco como penso.
- Ah. Acho estranho um homem escrevendo um diário.
- Você nunca teve um diário, né? Eu entendo, quando você tinha idade pra ter um, não devia ser alfabetizada e quando conseguiu, achou que não podia. Mas não é um diário como você imagina que seja, não. Mas tem muitas coisas interessantes na internet. Com certeza meu “bloguiário” não está no top 100!
- Mas você escreve legal!
- Tá. (...)
Ouvir certas coisas de estranhos, ok! Vá lá. Mas de conhecidos?....
Bom (respiro fundo, beeeem fundo), enfim: C’ est la vie! È la vita!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O mundo está dentro de mim!


É sempre bom a gente botar os pés no chão e olhar de onde a gente veio pra arrumar a rota de onde queremos chegar ou mesmo pra nos assegurarmos de onde estamos.
Eu automaticamente sou arremessado pra casinha da minha avó paterna que ficava ao lado da minha. Uma casinha que devia ter 2 metros de atura e dois cômodos. Uma casinha que cheirava a fumo e a café torrado. Ela torrava o café uma vez por semana e eu ia mastigar os caroços até ficar com dor de barriga e com os dentes pretos! 
Minha vó era assim, bem avó! Nem aí, pra regras ou o que quer que o valha. 
Eu desde muito pequeno uns 6, 7 anos tinha curiosidade de saber como era soltar fumaça pela boca. Talvez pelo fato de ela estar sempre pitando um cachimbo pra cima e pra baixo.
Minha mãe dizia: Se eu “vê” você com um cigarro na boca, faço você engolir!!
Minha vó fazia um cigarro de fumo e me dava. Fumo de corda, forte! Eu dava uma tragada e caia, o céu girava, girava, girava!! Ficava enjoado e passava muito tempo sem poder sentir o cheiro.
Mas isso era um segredo.
E essas pequenas coisas me faziam feliz e essas lembranças ainda me fazem feliz!
Talvez por isso não almeje o céu, ficar sentado num banquinho olhando as estrelas já me basta!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ah, cocada de leite



Quando tinha uns 10 pra 11 anos, meu sonho era poder trabalhar numa fábrica de cocadas de doce de leite que tinha na minha cidade.
Nem sei direito onde ficava e duvido muito que naquela época, soubesse.
Minha prima, uns dois anos mais velha e mais atirada no mundo, me apresentou essa ideia:
- Já pensou poder comer quantas cocadas quiser?!
Nossa isso era a extrema felicidade! Outra coisa que nessa época eu também não sabia que existia. Não com esse nome e nem tão pouco com o que significa hoje.
Minha prima, que perdi o contato a mais de 18 anos, minha vizinha nessa época, me contou direitinho no que consistiria o trabalho:
- A gente embrulha as cocadas com papel de seda branco, bem direitinho. E pode comer quantas cocadas quiser e trazer pra casa!
Isso é fácil!
Olhando pra trás, vejo que nem devia ser uma fábrica. Alguém que devia fazer cocadas caseiras e precisava de mãos habilidosas e baratas devia ter falado com essa minha prima que vivia saracoteando cidade a fora.
Tempos bons, onde uma cocada de leite poderia significar a extrema felicidade!
Hoje descobri que essa minha prima, enfartou a 4 meses atrás.
E minha mãe dizia que notícia ruim corre?!
Depois de mais de 18 anos, recebi essa notícia assim, meio torta!
É, tudo que é vivo morre!
Hoje comi uma cocada de leite embrulhada mecanicamente em um plástico e a única coisa que ainda sinto é um vazio, profundo.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

E tudo vira cinzas

E o dia fica cinza e tudo vira cinza!
Assim é,  e será. 
O telefone toca e ultimamente é sempre pra chacoalhar. 
Perder pessoas que fazem parte de sua história é doloroso. Mesmo que a vida vá afastando-as cada vez mais.
Eu desde que comecei a ter experiencia nesse campo, sofro muito. Cada notícia de morte é um sofrimento acumulativo, sofro pela morte ressente e revivo todas as outras. Me sinto como se tivesse tomado um soco no estomago, lá no fundo, a respiração dói, dói fundo e tenho a sensação que acabei de participar de uma maratona de tanto cansaço. A notícia de morte sempre me suspende, de chacoalha no ar e me arremessa no chão. 
Eu queria muito acreditar de verdade, piamente em outras vidas. Talvez isso me confortasse de alguma forma. 
É, não se é forte o tempo todo. 
Só espero ter forças pra resistir a tudo e com um sorriso de todos os dentes que tenho.

Porque infelizmente, tudo que é vivo morre e a única certeza da vida é a morte. 
Que a luz eterna te inunde e ilumine seu caminho na eternidade minha prima, minha irmã!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Um mês de Sexo...

Sacerdócio e Sangue!
Depois de um mês de apresentações o saldo é muito positivo.  
Parece muito mais de tão intenso que é realizar esse trabalho. Tenho a sensação de estar há um século fazendo essa peça e faria por mais dois!
O silêncio tenso da platéia é regra. É assustador de inicio, mas todos ficam atentos a cada movimento e é muito bom ouvir depois do estrondoso final do espetáculo, magnificamente realizado pelos fabulosos Orias Elias e Cristian Mazetti, o alarido dos aplausos! Disso eu gosto sim.
E as coisas que escuto são no mínimo curiosas:
- Fulano beija bem?
- Vocês tomam sopa?
- Mas ciclano fica pelado mesmo?
- Existe beijo técnico?
- Você faz careta quando sofre, né?!
- Por que tem uns de vocês que se sujam menos?
- Qualquer hora dessas você vai dar um jeito na coluna.
- Mas e o sexo? ... Faltou o sexo!
Enfim, é melhor ouvir tudo isso que ser surdo. 
Quem ainda não viu, tem 3 últimas chances. 
Vida longa a esse grandioso trabalho da Cia de Teatro Encena.
E que muitas temporadas venham com muito Sexo, Sacerdócio e Sangue.








Roubei as fotos do face. Obrigado a todos!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Quase 1 mês!!

Há tempo de tudo na vida, de semear, de colher, de trabalhar, de se divertir... Minha vida sempre foi um turbilhão de coisas, geralmente tudo ao mesmo tempo, num instante só. E eu que sempre me achei um desarvorado, até que ando administrando tantas emoções de uma forma legal. 
Estou no tempo de agradecer. 
Quero registrar meu mais sinceros agradecimentos aos meus amigos, irmãos, companheiros da Encena que me apóiam nessa louca jornada já a 16 anos! 
Meu Deus, é uma vida!
Quantos altos e baixos! Quantas brigas! E muitas ainda virão. Costumo dizer que somos uma família e é isso. Quando o tempo fecha, fecha, mas é sempre pelo bem de todos e pelo amor que temos ao nosso grupo, a nossa comunidade. Estamos fazendo a nossa história. Uma historia de amor! Amor ao próximo, amor ao teatro. 
Resolvemos todos a não sofrer. Queremos ser felizes, fazendo o que gostamos. O resto é consequência!
Fico muito feliz quando olho ao meu redor e vejo um exercito de pessoas a quem posso recorrer pras mais tresloucadas jornadas. Avante galera!!
Estamos fechando um mês do 20º espetáculo da companhia. Espetáculo levantado mais uma vez com nossos recursos. Recursos parcos, mas nosso. Ninguém teve que se prostituir ou se humilhar pra botar a peça de pé. Isso é uma vitória! De todos nós. Todos!
Muito obrigado a todos!

sexta-feira, 21 de março de 2014

Companhia

Cansei de ir ao cinema sozinho.
Alguém ai afim de me fazer companhia?
...
Acho melhor migrar pro DVD definitivamente!
Rá!

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Verdade




No fundo no fundo somos todos iguais
Diante da morte, somos apenas pequenos animais indefesos
Com olhos esbugalhados diante do inevitável fim.

domingo, 16 de março de 2014

Remendo


- qual a sua idade?
- 30.
- Nossa!
- Por quê?
- Ah, não parece.
_ Parece mais ou menos?
- ... menos,menos.
-Ah, é? Quantos?
- ... 29

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Voltando sem nunca ter parado - Estréia!!

E pra um ator, o bom é sempre recomeçar.
Tudo precisa ser sempre novo. Como se nunca houvesse acontecido antes.
A busca incessante do frescor, do novo de novo! 
E depois de um longo processo, depois de uma pausa de posts, lá vamos nós outra vez!
Comecei a ensaiar Réquiem de amor e dor, quase virou Vinde a mim as criancinhas! Virou Semem, Sacerdócio e Sangue e depois de mais algumas discussões chegamos a Sexo, Sacerdócio e Sangue!
Teve gente que virou a cara, achou xoxo, não gostou!
Cada um com seu cada um. Respeito.
Eu adorei.
Vamos falar de Sexo, de Sacerdócio e pra isso muito Sangue passará debaixo dessa ponte.
Tudo isso na igreja.
Vamos discutir respeito e amor!
Todo sábado, a partir das 20h30 na Encena.
Lá vamos nós pra vigésima produção da Companhia que este ano comemora 16 anos.
Estamos firme e forte e aguardando sua visita.
Lá, aqui.
Adoro encontrar amigos. Mesmo os que ainda não conheço.
As apresentações são no Espaço Cultural Encena - Rua Sargento Estanislau Custódio, 130 Jardim Jussara
As reservas podem ser feitas no e-mail: ssscontato@live.com
Ou diretamente no site: www.sexosacerdocioesangue.com