terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Brinco

Aí, ai!



Eu sempre tive vontades que me levaram a algumas frustrações.
Desde criança.
Queria ter um play Mobil. Nunca ganhei. Meus pais não tinham dinheiro pra gastar com um brinquedo tão caro. Até porque pra minha cidade, naquela época, era um artigo importado.
Depois queria ter uma bota e um cabelo igual do Juninho Bill.
Nã, nã, ni, nã, nãoooo!
Impossível.
Nem a bota e muito menos o cabelo! A genética não deixava.
Já na adolescencia, nos anos 80, quase 90, chegou a moda do brinco. Meus amigos começaram a aparecer com aquela pedrinha cravada na orelha.
- Se me aparecer com brinco eu corto a orelha fora!
E tatuagem?
- Arranco o braço e depois entrego pro policia! Coisa de maloqueiro!
Isso nunca foi motivo de trauma. Até porque eu sou da geração que administra "nãos" da mesma forma que os "sins".
Coloquei o primeiro brinco aos 23. E fiz meu pai furar minha orelha.
Eu não queria que ele tivesse nenhuma surpresa!

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