quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A atora quer badalar!

Ai, meu pai!



A atora estava estafada.
Tinha feito uma apresentação numa escola em Francisco Morato. Ela não estava acostumada.
A amiga Durbim Sueli era a estrela substituta do espetáculo infantil A cigarra e a formiga. Durbim fazia os dois papéis péssimamente.
Pra diferenciar um personagem do outro ela usava uma bota do Fernando Pires.
- Durbim, vamos numa balada hoje a noite? Vamos conhecer a cidade.
- Han ran!
- Queria tanto dançar.
- Bom!
- Mas não quero ir em nenhum baile da saudade. Quero um ritmo mais agitado.
- Mas...
- Vamos olhar no computador. O seu tem internet?
- Sim.
- Então vamos encontrar um lugar bem bacana.
As duas não tinham muita intimidade com o teclado e a Atora acabou perdendo a paciência e resolveram que iriam sair noite a fora e parariam no primeiro lugar animado que encontrassem.
Durbim se arrumou pegou seu Fiat 147 conservadinho e sairam. A atora estava esfuziante.
- Hoje eu quero beijar na boca!
- Sei.
Deram várias voltas e não encontraram nada que chamasse a atenção.
- Ali, ali, Durbim!!! Pára, pára!
Viram um lugar qualhado de gente. A atora desceu toda animada, puxou o vestidinho pra baixo e ajeitou a calcinha na buzanfa e foi se aproximando toda animada, balançando os bracinhos gordos no ar dançando uma musica que só ela escutava.
- E aí pessoal, vamos nos divertir ?
...
Durbim até tentou avisar, mas ela estava enlouquecida.
Quanto mais ela ia chegando mais perto, as pessoas iam se afastando querendo saber quem era aquela louca!
- Que foi gente?!
Durbim apontou pra cima....
Era um velorio!

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