segunda-feira, 17 de maio de 2010

Operários!

Ai, o destino!!!
Uma peça de teatro é como um jogo de loteria.
Ainda nao descobrimos como montar um sucesso.
12 anos depois ainda não encontramos a fórmula mágica de como produzir um grande sucesso de público!
Qualidade do texto, não determina isso.
Já montamos Shakespeare, Gonçalves Dias, Thornton Wilder, Peter Weiss, Jorde Andrade, Gilberto Amendola, ...
Gênero: comédia com certeza tem mais chance de dar certo.
Tamanho de elenco, valor da produção, intensidade da divulgação...
Realmente é uma equação complexa!
E os artistas, atores, diretores, continuam a perseguir a realização de um espetáculo que permita exercer seus ofícios de forma digna.
Mas as agruras e adversidades não acabam por aí.
Uma peça de teatro com elenco desconhecido tem que competir com muitas coisas. Com a chuva, com o trânsito, com a Tv, o computador, o jogo de futebol, a festa de aniversário, a quermece, o casamento, o bingo, a missa, enfim com tudo.
O que me conforta em algum momento é que quem gosta de teatro, gosta e frequenta, apesar de todo esse cardápio, mas no momento seguinte o desespero me abate, porque essas pessoas são poucas e estão morrendo...
Eu acredito sinceramente que o teatro não sumirá do mundo, mas está cada vez mais dificil manter uma peça no ar.
Os atores são considerados unicórnios, figuras mitológicas, intocáveis que não precisam nem de respeito, nem de remuneração.
O amor, a esperança são ingredientes essenciais que movem os atores, mas não os alimenta. Um ator é antes de tudo um homem, um trabalhador.
Mas isso nunca foi tão diferente.
Quantos não foram esquecidos pelo caminho?
Quantos não sentiram o que sentimos quando entramos numa platéia minguada?
É desesperador olhar pra uma longa trajetória e se sentir impotente diante de tantas adversidades.
Um conforto é saber que fizemos o que gostamos, da melhor forma possivel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posso continuar? Hãn?!