segunda-feira, 18 de abril de 2011

Virada Cultural 2011

Metrô fechado!
E agora?
Pensei em ir procurar mais alguma coisa pra fazer até ficar mais tarde, ou mais cedo. Eram 3:30 da manhã e eu estava sozinho naquelas ruas lotadas do centro da cidade.
O que eu acho mais fantástico, mais bonito desse projeto todo é essa comunhão do povo nas ruas. Um olhar bem romântico do negócio, isso porque estou ignorando os maus educados, os vândalos, os batedores de carteiras, dos bêbados. Sim, porque eles também estavam e estão por ali.
Depois de ter ficado irritado com a Rita Cadilac que ficou fazendo nada no palco, enquanto o Ritchie não entrava, ter me irritado mais um pouco com o próprio que inventou de cantar músicas novas num show retrô, de ter ido ver o lotadíssimo show do Dominguinhos e ter saído "legal" de tanta maconha, de ter pago 5 reais por uma espiga de milho tamanha era minha fome a meia noite e de ter ficado quase duas horas de pé no palco da periferia, eu estava ali, solitário no meio da multidão sem saber o que fazer.
Tudo ótimo, tudo lindo, mas eu tinha que tomar um rumo.
Vou andando, se encontrar algo interessante paro e vejo o que dá.
Fui sentido Sé e nada.
Resolvi ir pro Terminal bandeira, lá deveria ter um ônibus.
Ainda na fila encontrei uma moçoila que olhou bem no fundo dos meus cansados olhos e disse:
- Eu queria beijar! Um homem, sabe? Não moleque!!
Eu fiz meu melhor papel, o de desentendido! Ri bestamente e sentei no chão pra esperar o ônibus.
40 minutos depois ele chegou.
Lotaaado, fui conversando com uma gordinha simpática esmagada do meu lado.
- É a minha primeira vez na virada. Eu queria ter vindo embora as 2, mas encontrei meu namorado e depois de ver o show do Tony Tornado a gente bebeu e acabou num lugar mais reservado!...
Ela tinha os olhinhos miúdos e meio vesgos. Riu marotamente e completou:
- Eu vim embora, por que ia acabar fazendo coisa que não devia!!
Sei.
E aquele ônibus era uma fauna. Gente de todo tipo e de todo naipe!
Eu só queria chegar em casa logo.
Mas eis que pra o negócio ficar bacana, surgem dois travequinhos.
Eu já tinha percebido aqueles cabelos mais duros que pau de tarado pela manhã. Eles eram pequeninos e feios como só a fome poderia ser, maquiados. Bem mal maquiados! Sapatos extravagantes, vestidos colados e um amiguinho gordo do lado.
Entre uma reclamação e uma gritaria, um baixinho atarracado cantava a música The Time of My Life (Dirty Dancing), fazendo as duas vozes, isso tudo a todos os pulmões.
As travas começaram uma briga. Uma senhora sentada reclamou que uma delas estava roçando em seu ombro.
Roçando o quê, meu Deus??
As travas estavam de vestidinhos colados. Mais justos que o Pai Eterno! Nem que elas estivessem no cio iam conseguir esfregar o que quer que fosse naquela senhora!
E foi assim no meio de toda essa confusão que cheguei finalmente no meu destino.
Andar de ônibus, pelo menos pra mim, é sempre assim, uma animação, um acontecimneto!

3 comentários:

  1. Putz sua ída pra casa foi uma aventura beeem maior que a Virada.

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  2. "huahuahau.....e bota olhar romantico nisso ...foi oootemo =). bjus"
    Fabi via Fb

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Posso continuar? Hãn?!