Fundo do poço

Não. Nãaaaooo. Aquilo não podia ter acontecido!
Marryana desacreditava de tudo aquilo!
Bem que aquele dia tinha começado nublado.
- Meu Deus, meu Deus! Agora sei como Eva se sentiu quando foi expulsa do paraiso.
Aquelas cenas não paravam de pular em sua mente! Pensar naquele dia doia, muito.
...
Nossa amiga de botas, segurou as lágrimas até sair da firma, mas quando estava fora e longe desabou num choro sentido!
- Fui abandonada por Deus! Mas por quê, por quê?
Sentou num banco da praça, deitou a cabeça nos joelhos e chorou um pouco mais.
Sentiu alguma coisa quente escorrer pela testa. Foi um pombo!

- Ainda bem que hipopótamos não voam.

Nem dava pra ficar puta, começou a cair o maior toró, ela abriu o guarda-chuva e ainda aos prantos saiu vagando até que se viu dentro da igreja.
Estatelou na frente das imagens e começou uma briga. Detalhe: de guarda-chuva aberto!
- Precisava disso? Já não bastava tudo que me aconteceu? Sozinha, sem namorado, sem emprego e agora cagada de pombo!!!!
  Fala alguma coisa. Dá um sinal! Solta uma lágrima por um olho só, balança um vaso! Me diz alguma coisa....
Sentou-se e aquele turbilhão aquietou-se.
Por instantes tudo parou.
Mais calma, Marryana juntou suas coisas e saiu calmamente.
- Preciso ver o que fazer daqui pra frente!

- Vou parar de usar botas!
E antes de tomar o rumo de casa, avistou uma faixa: "Aulas de dança de salão GRATIS"
- Hummmmm!