sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ardida - Parte 5 ( Mais um dia, um dia a mais)

Aí, aumenta a musica e desce cachaça!
Naquela noite quente o clima prometia.
Luz baixa, muitos fregueses, alguns já meio altos.
As meninas estavam exultantes. Faturariam muito naquele dia.
Provavelmente faurariam o dinheiro do mês.
Socorro Tomate ia poder comprar uma bota roxa que vira na botique de Fátima. E poderia ser a vista!
A música estava alta.
O cheiro de pinga barata, cigarro e perfume doce, tomava conta do ambiente.
Narcisão vez ou outra soltava uma gargalhada alta. Tão alta que cobria a música que gritava na radiola.
Cymeire Cata Osso estava dando uma dose de batida de maracujá com montila ao velho Regivar que aliás, já estava de calça arriada.
Quando uma confusão começou, não se sabe de onde.
Um bolo se formou no meio daquele fumacê mal iluminado. As lâmpadas estavam embrulhadas em papel celofane vermelho.
Celinha Cachorrona pulou gritando em frente a um homem estranho que ameaçava Narcisão com uma faca.
A confusão foi grande. Era ináldivel todas aquelas frases tamanha a confusão. Diana gritava Porque brigamos ao fundo. E antes que qualquer pessoa pudesse fazer algum movimento no sentido de impedir uma tragédia, como num filme, a barulheira foi dissipada pelos golpes desferidos contra a pobre Celinha. Ela caiu lavando tudo com seu sangue.
Foram vários os golpes.
Aqueles momentos de silêncio foram cortados por gritos de vários lugares.
- Ela estava grávida!!
O cadaver ainda estava quente, as pernas semi-flexionadas, caído no chão lavava o salão com sangue..
Narcisão arrumou uma mecha do cabelo, enxugou o buço e ordenou:
-Aumenta a música até a polícia chegar. Bete, pega um lencol e cobre ela.
  Vamos gente, tão olhando o quê? A vida continua.
  Alguém foi atrás daquele cachorro?
  Volta aquela da Diana. (e canta) por que brigamos...
E baixo com os olhos marejados, olha o embrulho, acende um cigarro e baixando a voz:
- Era a preferida dela. Pra você Celina!
   Zuza, bota uma talagada aqui. enche o copo!
                                                                                ...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Atora em Tela Gde.

Aii, chegou o dia!!

- Durbem, é hoje que estréia o teu filme, né?
- Qual?
- O único que você fez!!
- Ah, mas eles esqueceram de me botar na lista de convidados!
- E você vai ter que pagar?
- É assim minha filha, se quiser ver, tem que botar a mão no bolsinho!
- Que humilhação!!
- É.
- Mas vamos lá, quem sabe algum diretor não me ver e me chama pra fazer uma fita também!!
- Mas eu nem apareço!
- Como assim? E aquela cena que você fez atrás da pilastra, enquanto os mindingos correm atrás da amiga da mocinha?
- Eles me cortaram.
  Eu assisti onti. Paguei e tudo e no fim nem no letreiro do fim apareci!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ardida - Parte 4 ( Joíde)

- Cadê Joíde?
- Quem abriu a porta do quarto?
- Quando eu descobrir, vou partir a cara da vagabunda que destrancou a porta!!
Narcisão estava possessa. Joíde era sua irmã mais nova. Ela passava a maior parte do tempo trancada. Quando escapava, saia pelas budegas bebendo até cair. Tinha problema com bebida.
Narcisão já tinha sido advertida pela polícia: Se você não cuidar de sua irmã, ela vai tomar cana. Vai ficar enjaulada.
Joíde tinha sido encontrada vagando nua de cabelos soltos e rímel escorrido pelas faces nas ruas do bairro da pedra velha.
Narcisão organizou vários grupos para procurar a irmã.
- Enize e Maresa para o bairro novo. Celinha e Cymeire para o Eldorado, Betinha vai no Bom Sossego.
Enquanto a tarde caia e o desespero tomava conta de Narcisão, ela relembrava o casamento de Joíde.
Namorou sério 5 anos com Honesto. Ela seria uma mulher seria. A única da família.
A irmã mais velha ajudou no enxoval, organizou uma festa de fechar o comercio.
Honesto trabalhava na cidade vizinha, chegava tarde, mas sempre dava uma passava no brega para ver a amada, Joíde.
Tudo com respeito.
Domingo ia ver os Trapalhões na sala e antes das 10 davam uma volta na praça.
Narcisão, mandava Ildomar junto, para garantir um namoro familiar.
Tudo correu como ela queria e joíde sonhou.
Dois meses após o casamento Honesto arrumou as trouxas e foi embora. Não queria mais olhar na cara de Joíde. Iria pra longe.
Ao abrir a porta do brega, Narcisão deu de cara com a irmã arrasada.
- Morna, Narcisão! Ele disse que eu era morna!
E pra não me trair, me deixou.
Joíde nunca superou aquele abandono. Queria morrer!
Várias vezes foi encontrada pendurada pelo pescoço.
A irmã tirava a corda do pescoço e lhe surrava em seguida.
Narcisão, sempre que a encontrava e, ela sempre encontrava, lhe aplicava um corretivo. Era uma mulher dura.
Por um tempo tudo voltava ao normal.
Mas daquela vez foi diferente.
Já cansada, de sandálias nas mãos, pernas empoeiradas, Narcisão voltou pra casa.
Joíde nunca mais foi vista por aquelas bandas.

Toda sexta -feira de outubro aqui no QTBF!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Trabalho

Aí, eu corro, corro e parece que não saio do lugar.

Há 9 meses (ops, será que vai nascer?), eu ando pra lá, corro pra cá. Começo uma coisa e antes de terminar, encaminho outra e assim tem sido.
Quando eu acho que vou finalmente descansar um pouco a cabeça, já estou enrolado com outra coisa.
Comecei o ano com os Ossos, enquanto viajavámos comecei o projeto da Peça e entre uma e outra teve um projeto Julia pra escola. Enquanto ensaiava A peça, dirigia Jingobel e assim que estreiei uma, intensifiquei os ensaios da outra e entre uma e outra, teve inicio a remontagem do Peixe que teve que dar uma parada por esses dias. Depois da estréia de Jingobel, iniciamos os trabalhos pra produzir a Festa da Lurdinha e antes de terminar, eu já estava enrolado com o início do ciclo de leituras dramáticas e entre um e outro eu comecei a procurar emprego. Emprego, porque trabalho já se viu que eu ando com muito. Agora estou terminando um projeto com a temporada de 3 espetáculos da Cia., e quando eu pensei que finalmente iria descansar o côco, saiu mais um edital e lá vou eu novamente...
O ruim de tudo isso é que o dim dim só vai, eu ainda não vi ele voltar...
Mas Ok! Terei paciência, qualquer hora a roda vira e tudo ficará bem melhor.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pau no blog!

Ai, cacetete!!!
Acho que esse bregueti tá com problema!
Meus últimos posts não estão aparecendo quando se abre o blog. pelo menos pra mim.
Será que todos estão com esse problema?
...
Hein?
Tem alguém aí?
Vcs ou vc está visualizando os últimos posts?
Alguém?????

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cólera

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!
Tem dia que noite é fooda!
Quem nunca teve vontade de sair mordendo os traseiros de muitos por aí de raiva?
Não acredito ser o único!
Mas tem gente que tem o dom de tirar os outros do sério. E fazem isso com a maior naturalidade do mundo.
Pra mim é cinismo. Eles dizem que é inocência, honestidade.
Inocência o cacete!!
Se estivessemos na era primitiva eu resolveria tudo isso com o lançamento de uma pedra... na cabeça de alguns!!
Nesses dias de ódio, eu queria poder fazer suco de gente!!
Mas tem-se de se manter o controle. 
Preciso fazer boxe.
Como não tem jeito e ninguém está livre desses ataques de cólera, eu fecho os olhos... grito (ou vice-versa), respiro fundo e continuo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

2012

Aí vem 2012, o ano!

Ultimamente ando escutando muito o ano de 2012.
Quando a extensão do metrô vai ficar pronto?
-2012
Quando seu apartamento fica pronto?
- 2012
- Acabo minha pós em 2012.
- Quero casar até 2012.
- Em 2012 eu já paguei meu carro!
Tudo que é plano começa ou termina em 2012!
E a profecia Maia?
Mas fui na bienal do livro esses dias e vi que os maias devem ter se equivocado. Como o Nostradamus!!
Era meio dia e os corredores da bienal estavam coalhados de gente. Nunca vi tanta criança e jovens juntos! Um verdadeiro formigueiro!
Eles simplesmente estavam por toda a parte. Sentados no chão, lotando os stands, tirando foto com um flip do Justin Bieber (isso sim é o fim do mundo!), se empurrando, se cutucando, gritando... uma loucura!
E pensar que ainda tem os que ainda não mastigam e os que só rastejam que ficaram em casa. E os que acabaram de nascer nesse momento mundo afora?
Realmente é muita gente pra morrer e acabar o mundo!!
Será que tudo não passou de uma alucinação de um maia, queimador de mato que estava muito lôco??

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ardida - Parte 3 ( Vivendo )

- Da próxima vez que me vender ovo ruim, mando cortar seus quiba, cabra!
- Mas D.Narcisa ...
- Nem mais, nem meio mais, sujeito. Vá buscar meus ovo direito!
 Narcisão não estava boa dos bofes. Tudo que podia atazanar o seu juízo, estava acontecendo naquela manhã!
Enize e Maresa levantaram cedo. Uma foi com uma bacia cheia de roupa pra lavar e a outra foi arrumar suas coisas.
Beta Trombuda estava no quarto com Maninha Cotó.
- Tem certeza Cotó? Tem certeza que isso vai resolver o poblema?
- Deixa de lundú. Água morna, vinagre e uma pitada de sal sempre foi um santo remédio pra periquita ardida.
- Tenho medo.
- Vá.
- Não é a sua, por isso!
   Pra quê é o sal, hen?!
- Sei lá Betinha... senta aí!
- Uí! Tá ardendo tudo. Na frente, atrás... êita porra!
- É assim mesmo. Amanhã você já vai estar boa!
- Não sei se é o vinagre, o sal, mas tá ardendo mais que quando vou mijar...Carai de asa!!
- Êita, bixa melindrosa. Fica aí só, porra!
- Uí, aí!!
Narcisa toda afubegada.
- Betiha! Ô Betiha!
- Narcisão, alguém mexeu nas minhas coisas!
- Ói, Maresa nem me veha. Hoje não tô boa, hen?!
Viu Betiha? Ela ainda não acordou?
- Eu vou quebrar a cara dela. Bobônica!Não vou deixar barato! Até no meu disco de Agepê!
Beta Trombuda continua no seu martírio, sentada na bacia. Toda suada!
- Fiu da peste, fiu da peste, fiu da peste, fiu da peste, fiu..!!

Toda Sexta-feira aqui no QTBF

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Branco

Ai, meu deus!!

Quanto tempo dura os segundos que compõem um branco em cena?
A sensação é de que horas se passaram, quase dias!
Absolutamente desesperador.
Tudo some, é como se tudo que se elaborou, que se estudou, tudo que você tem feito até ali, nunca tivesse existido!
Esse branco (esquecimento) me aconteceu numa das representações de A peça e foi uma das sensações mais pavorosas da minha vida.
Tinha um momento fora de cena, respirei fundo pra me recuperar e lembrei da Vanusa. Coitada!
Nesses momentos o coração dispara, a cabeça parece que vai fundir. Eu pensava:
Meus Deus, o que eu tenho que falar agora?
Sou eu que falo agora? Deve ser!!!
Que terror.
E isso tudo sem deixar transparecer pra o público. Com cara de "está tudo sob controle", esse silêncio está previsto e ensaiado!!
Eu vanuzei bonito! Com cara de absoluto controle da situação!
Realmente aquele não foi um bom dia!


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

... pensando alto

Ai, ai!


Algumas vezes somos tomados por pensamentos descontrolados.
Pensamentos, dúvidas que insistem em martelar.
Alguns são aTé engraçados, dependendo da hora!
Uma frase me invadiu a cabeça e as vezes me pego pensando:

"Tem gente que é bonita de perto, gente que é bonita de longe!"

Quem bom!
Eles estão no lucro.
E quem não é nem de perto, nem de longe?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Revisitando o passado!

Ai, as lembranças!

Eu aos 15!
Eu ainda não tinha essa marca entre as sobrancelhas que me dá um ar zangado.
As espinhas ainda não tinham me atacado e deixado marcas profundas rosto a fora!
As minhas lembranças são as melhores. Lembro pouco das coias ruins que me aconteceram.
Quando lembro de alguns fatos eles são sempre mais divertidos e coloridos que realmente devem ter sido!
As lembranças servem pra acalentar as nossas saudades, pois então que elas sejam boas!
E as que não são tão boas eu as deixo mais divertidas, mais leves.
Como o dia que cai num esgoto!!!
Lembro nessa época que tinha 15 de uma música divertidissima cantada pela Elke Maravilha no Chacrinha.
E não é que eu achei no 4Shared!!!
Tá aí, abaixo. Click e ouça, mas na minha lembrança era mais divertida !

AI QUE VONTADE DE COMER GOIABA


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Hoje é dia de festa!!!

Aí, a alegria!!

Hoje comemoraremos um dos aniversários da nossa amiga Lurdinha no ECE (Espaço de Cultura Encena), a partir das 20:30.
Teremos teatro, musica, performances e muita alegria.
Vamos juntar os amigos e festejar!
Essa é uma boa oportunidade de revermos os encênicos sumidos. Apareçam!!!
Viva, viva, viva!!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ardida - Parte 2 ( Amparo)

Ali no Cabaré de Narcisão, além das meninas e de sua irmã, vivia o Véio Zuza que ajudava servindo, buscando mantimentos e Ildomar que era o quebra galho de todas as horas e de quase todos os casos.
Se o problema era de mais fácil resolução era a ele que as meninas recorriam. Não importunavam Narcisão!
Ele era camarada, compreensivo, era o ombro das regateras da Rua do prêá.
E isso requeria muita, mas muita paciência mesmo!
Elas não escolhiam hora, nem assunto. Surtavam e ele tinha que resolver.
Em troca tinha comida, roupa lavada, casa e a proteção de Narcisão!
Pra ganhar um troco se prostituia de vez em nunca com alguma corôa precisada. Ia em loco resolver a questão!
Mas as meninas não davam trégua. Muitas vezes de madrugada tinha que ir consolar a infeliz desencatada de amor.
- Eu quero morrer Ildo, morrer!
- Calma!
- Morrer. Quem sabe se eu morrer, ele não liga pra mim. Quero morrer, mortinha!
E ele tinha que fazê-la voltar a si, antes que Narcisão soubesse daquilo tudo. Que ai a cinta comia sem dó!
- Ildo, Ildo, me ajuda.
- Quê foi?
- Ela foi descolorir os pentelhos. Pra buça ficar exótica, exótica, e tá toda queimada nas partes.
E lá ia ele acudir a coitada.
- Ildo, a galega tá doida. Comeu uma mão cheia de pimenta. Estribuchou e caiu dura!
- Já chamou os polícia pra levar pro hospital?
- Tamo esperando.
Era assim a vida de Ildomar. Ele auxiliava a todos a qualquer momento, mas nas noites em que precisava de apoio, de conselho, não tinha ninguém. Não tinha um colo!
Sofria sozinho.
Muita vezes adormeceu chorando com uma dor enorme no peito!

Não perca a 3ª parte na próxima Sexta

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A atora 8

- Ai, liga pra mim Durbem!

- Ok
- Fala se o vaporetto já está pronto.
- Ok
- O telefone tá aqui ó.
- Falo com quem?
- Não sei... não sei...eu falei com... com ... um cara lá!
- Mas, lembra o nome?
- Lourenço! É..?. Lourenço!!
- Alô, eu posso falar com o Lourenço?
- Hân?!
- O Lourenço, por favorrr!
- Não tem ninguém com esse nome!
- Mas...
- Olha, aqui é a oficina São Lourenço!!!
!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Com/sem Bigodinho!

Ai, caray!!

Gente, como todo mundo ou algumas pessoas já sabem a peça A peça é comédia?, acabou a primeira temporada!
Eu, resolvi num ímpeto tirar o bigodinho empresstado pro tony!
Era um suplício aparar aquelas duas carreirinhas de pelo!
Então, resolvi me barbear! Chega.
Qual não foi a minha surpresa quando me olhei no espelho depois do banho.
Meus Deus, quem é esse?
Eu simplesmente não me reconhecia.
Que cara esquisito!
E olha que eu fiquei de bigodinho só 2 meses e a vida inteira sem, mas ele faz uma diferença terrível!

Já estou deixando crescer novamente.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Casualidade

Ai, ai!

Encontrei um conhecido um dia desses e ele:
- Desculpe não ter dado pra ir na sua peça, acabou, né?
Acabou, mas ficou 2 meses em cartaz dava pra ter se programado e ido.
- Eu deixei pro último dia e aí me aconteceu tanta coisa... mas não vai ter mais?
Vai, claro que vai.
- Quando?
Ah, não sei. Mas com certeza terá várias outras.
- Ah, essa não vai ter mais!? Queria ver. Mas vocês podiam fazer um final de semana ou no feriado!
Ham rãn! ... ( Cara de caneca)
-Eu vi no seu blog ...
Ah, que legal! Você lê meu blog!!
-Leio, leio sempre que posso! Pelo menos uma vez eu dou uma olhadinha. É bem legal. Riu muito.
Nossa fico contente de alguém ler. Eu tenho a impressão que tô falando sozinho.
- Não.É que as vezes eu entro pra ler e acabo me distraindo com outras coisas e esqueço
!
- Então, foi pouca gente na sua peça, né?
Como assim? Foi menos do que eu gostaria, mas foi legal. Nao foi tão pouca assim não!
- Mas naquela foto com nomes que você colocou tem no máximo uns 30 nomes!
Ah! É que ali são os amigos, os que foram.
- Certo, pena meu nome não tá lá.
Então!
- Mas se eu tivesse vindo estaria.
Talvez.


Eu realmente tenho um saco de papai Noel!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quero ficar obeso!

Ai, a balança!



Eu a uns meses atrás disse aqui mesmo que ia conseguir mudar minha situação raquitica.
Mas 4 peças depois e muita correria, eis que me encontro envolvido num monte de projetos e nenhuma grama foi acrescentada a esse corpitcho de faquir! E o pior é que nem tenho esperança de adquirir a menor grama que seja!!
Tô pensando em ir prum spa!!!
Engordarrr!
Encorpar, seria o termo correto!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ardida - Parte 1 (Verbo DAR)

Beta era uma menina pobre, mal tratada, franzinha.
Vivia num brega.
A princípio a pergunta era como uma menina tão doce, meiga, de cara ingênua, se deixava maltratar pelas outras fregas daquele estabelecimento?
Mas Beta, fã de uma cantora americana, tinha ido para o Cabaret de Narcisão por vontade própria. Ela gostava de dar.
Dar mesmo!
Desde muito cedo.
Tinha 16 anos e um vulcão no meio das pernas.
Levantava cedo e ainda com a escova na boca não deixava a bacurinha sossegada.
As vezes apanhava por tomar o macho de alguma colega.
E briga no brega era coisa feia.
Betinha Trombuda tinha várias cicatrizes de briga.
Tapas na cara era normal em sua vida.
Quando não estava dando, sua função predileta, estava lavando ou arrumando o salão.
E já que tinha que fazer, fazia com gosto, cantando com todo o ar que tinha nos pulmões.
Beta não tinha medo, nem recusava cliente.
Dodó, um cliente com problemas mentais, era levado pela mãe ao brega 1 vez por mês. Era sempre atendido por uma frenha diferente.
Não era exigência dele, mas nenhuma se sujeitava duas vezes.
Nascisão já tinha estipulado que a que ele escolhesse teria que ir sem choro nem vela.
Maninha Cotó tinha sido a da vez, mas ela já tinha servido Dodó uma vez e tinha jurado nunca mais repetir a dose. Naquele dia Beta se infezou e disse aos berros.
- Tão com pena? Xibíu aqui é pra quê? Vamo, seu fiu da peste, vamo fudê!
   Vocês são uma covardas!
Pegou Dodó pelo braço e topetuda foi pro quarto.
15 minutos depois ouviu-se um grito. Beta adentrou o salão correndo, as pernas escorrendo sangue.
- Ele é um jegue no tamanho e um cavalo no trato.

Na próxima Sexta a 2ª parte