terça-feira, 5 de julho de 2011

Velhice

Independente da hora que entre no ônibus, eles sempre estão lá. Os velhinhos.E as velhinhas também.
- Brigado, brigado!
Entrou, procurou a cadeira e com dificuldade sentou.
- É duro viu! A gente luta, luta pra criar os filhos e quando precisa pra ir numa consulta, não tem ninguém!
- É verdade.
E continuaram conversando animadamente.
- Menina, esses político não valem o que comem.
- Não valem, não valem.
- Votei no Clodoaldo.
- Quem?
- Aquele moço, fino, estilista. Tinha um pograma na televisão.
- Clodovil.
- Esse, esse mesmo. Sumiu, né?
- Morreu.
- Foi? ... Por isso que nunca mais vi!
- Coitado.

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