Aquela noite como todas nos últimos anos, estava sendo penosa, longa, sufocante, agoniada!
O sono até vinha, mas era leve, quase como um fio de uma teia de aranha. A qualquer ruído, era interrompido.
A notícia inevitável viria, sabíamos todos. Ninguém queria, óbvio. Mas independia de nossa vontade e ela veio no meio da madrugada, anunciada como que por um arauto. Cortante, rasgando nossos corações. Dilacerando as nossas almas!
O ar me faltou, o chão desapareceu. Era como se eu não quisesse mais respirar.
Essa é aquela certeza que todo mundo ignora.
Anos depois Maria Gadú disse tudo:
De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh'alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
...
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
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Posso continuar? Hãn?!