segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O mundo está dentro de mim!


É sempre bom a gente botar os pés no chão e olhar de onde a gente veio pra arrumar a rota de onde queremos chegar ou mesmo pra nos assegurarmos de onde estamos.
Eu automaticamente sou arremessado pra casinha da minha avó paterna que ficava ao lado da minha. Uma casinha que devia ter 2 metros de atura e dois cômodos. Uma casinha que cheirava a fumo e a café torrado. Ela torrava o café uma vez por semana e eu ia mastigar os caroços até ficar com dor de barriga e com os dentes pretos! 
Minha vó era assim, bem avó! Nem aí, pra regras ou o que quer que o valha. 
Eu desde muito pequeno uns 6, 7 anos tinha curiosidade de saber como era soltar fumaça pela boca. Talvez pelo fato de ela estar sempre pitando um cachimbo pra cima e pra baixo.
Minha mãe dizia: Se eu “vê” você com um cigarro na boca, faço você engolir!!
Minha vó fazia um cigarro de fumo e me dava. Fumo de corda, forte! Eu dava uma tragada e caia, o céu girava, girava, girava!! Ficava enjoado e passava muito tempo sem poder sentir o cheiro.
Mas isso era um segredo.
E essas pequenas coisas me faziam feliz e essas lembranças ainda me fazem feliz!
Talvez por isso não almeje o céu, ficar sentado num banquinho olhando as estrelas já me basta!

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