terça-feira, 20 de setembro de 2011

Subindo Augusta 2

E lá iamos nós, subindo a Augusta fervilhante depois de mais um espetáculo.
Fazer teatro por essas bandas é pra quem tem coragem ou é completamente louco. O meu caso é o último, claro!
O movimento estava infinitamente maior do que o normal. Aquele horário sempre tinha muita gente indo badalar, mas estava impossível andar por ali. Eu quase tive a impressão de estar acompanhado.
Mais acima, descobrimos o motivo: um moço sentado no parapeito no topo de um prédio ameaçava pular.
Será que é ator? - Pensei.
Se for, é melhor pular e deixar de fazer drama.
- Se ele quisesse morrer mesmo, já teria pulado! - Comentário do meu irmão.
Uma muvuca se aglomerava daquele lado da calçada. Polícia, bombeiro e mais gente passando.
- O que tá acontecendo?
- Ele já pulou?
- Pula, pula!!
- Isso é hora do carinha querer pular?
- Ah, se ele cair, nem dá pra morrer.
- Deve ser mais um drogado!
Esses comentários me chegavam aos ouvidos, enquanto eu tentava chegar a Paulista.
No ônibus, já a caminho de casa, me deu vontade de arremessar duas figuras que na cadeira da frente se lambuzava comendo uma pizza de queijo.
Aquele amor todo, regado a mussarela derretendo me embrulhou o estomago!!

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