quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Noite Preta

E lá estava eu, às 22h30 na 9 de julho próximo a Bela vista, esperando um ônibus que me levasse pra casa. 
O ponto ficava embaixo de um viaduto. Não pude ficar indiferente ao grupo de moradores de rua ou de pessoas sem moradia. Me deu um aperto no coração. 
Como somos suscetíveis as adversidades da vida!!
Eles arrumavam suas camas pra enfrentar o frio da noite.
Um nó se formos na minha garganta.
O que teria levado aquelas pessoas até ali?
De repente chegou um loura bem arrumada, bem nutrida. Boa aparência! Pensei que fosse alguém que estivesse passando, mas não era. O saco de lixo preto  e a faixa no pé denunciava que ela também se juntaria ao grupo.
Nossa, eu estava numa tristeza imensa.
Eu não podia fazer nada! Essa sensação me mata.
Será que existe felicidade em alguma daquelas pessoas?
Um segundo de felicidade, será?
E por mais que denominem essas pessoas de vagabundos. Não consigo parar por aí e ficar indiferente.
Tenho a necessidade de acreditar que a felicidade é pra todos.
Todos.
Se não for assim, qual o sentido?
Engoli seco. Dei sinal e entrei no ônibus, desejando que tivessem uma noite tranquila!


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