segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A enchente de presente


Eu nunca gostei de natal, desde aquele natal de 1980, quando eu ganhei uma bola xexelenta em vez de um playmobil do papai noel do prézinho.
No dia 26 do último dezembro, as comportas do piscinão do pirajussara não funcionaram e fodeu com tudo e todos a volta.
Mais uma. E lá fui eu, enlouquecido, ás 10 da noite ver o estrago do presente que "papai noel" me mandou no último natal. 
E a Encena foi invadida por lama por todos os lados. O palco virou uma piscina de lama. As revistas e os livros da biblioteca que estavam ao alcance da enchente estavam enxarcados de lama, enfim arregaçamos as mangas e cheguei em casa as 5 da manhã. Mas tudo ficou em ordem e sob controle. Perdemos algumas coisas, mas como a maioria das coisas estavam no alto, o estrago foi pouco. 
A partir daí sempre encontro alguém com as mais variadas perguntas:
- Por que voltou a ter enchente?
- Pelo menos agora vocÊs podem ir pra um lugar melhor. Não é?
- Mas foi o teto que voou?
- O ralo entupiu?
- Os bueiros é um problema nessa cidade. Se tivessem limpado tinha entrado água mesmo assim?
- E como vocês vão reconstruir o teatro?
- Onde vocês vão fazer peça agora?
Dizer o quê?

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