sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Aquele natal seria bem diferente dos anteriores.
Jeucy prepararia uma noite memorável, seria o primeiro natal de sua filha. Finalmente ele conseguiu realizar o sonho de ser pai solteiro.
Conheceu Gelma através de seu companheiro Regivar. Gelma aceitou de cara a proposta de gerar um filho pra eles. Ganharia uma grana e fariam da forma tradicional. Assim foi e de primeira.
Apesar da criança ainda não entender o que significa o natal, era importante pra Jeucy que ela começasse a interiorizar o espirito natalino. Ele cuida de Marla desde seu nascimento. Foi buscá-la no hospital e Gelma não mudou de idéia depois do nascimento.
Isso foi um grande alívio.
Mas Jeucy vivia temeroso de um dia o instinto materno aflorar no peito da geradora de sua jóia!
Viver naquela tensão não era agradável.
Gelma havia sumido desde o encontro no hospital há 1 ano.
Tudo pronto. A casa decorada, a árvore, os presentes, a mesa, as frutas. O peru assava no forno.
Mais tarde sua irmã viria cear com seu cunhado e a sua sobrinha.
Era 21h30 quando o telefone tocou. Era Regivar.
- A Gelma apareceu!
- Como? Jeucy tremeu.
- Calma, ela está no hospital.
- O que houve?
- Pneumonia aguda. É melhor a gente ir lá.
- Mas é natal...
- Por isso mesmo.
- Tá. Vou me arrumar, deixar a Marla com Janacy (a irmã).
Isso era hora dela aparecer. Se tudo desse certo ainda chegariam pra ceia. A irmã entenderia a situação.
Quando estava prestes a sair o telefone voltou a tocar.
Só poderia ser Regivar. Ele já estava indo, saco!
- Ela está morta. - Balbuciou Regivar.
 Eu cheguei aqui e não deu tempo. Ela já estava morta.
- Tá!
Ufa! 
Pegou o telefone e ligou pra irmã.
- Janacy, cadê você? Vem que a ceia já está pronta.
Este vai ser um ótimo natal. Feliz!
Feliz Natal, feliz!!!

FELIZ NATAL!

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